Prefeituras estranguladas

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O prefeito Giovane Wickert (PSB) encaminha para a Câmara de Vereadores projeto que espicha o prazo para pagamento da atualização do déficit do Fundo de Aposentadorias e Pensões (FAP). Projetada para ir até 2.041, a atualização do déficit foi ampliada em três anos e vai até 2.044. Com isso o prefeito alivia em quase R$ 400 mil mensais a contribuição ao FAP, baixando de R$ 1,1 milhão por mês parta R$ 730 mil. O FAP hoje arrecada R$ 2,4 milhões por mês e paga R$ 1,65 milhão. Isso vai empatar rapidinho e virar o fio no futuro próximo.

São malabarismos que os prefeitos precisam fazer para conseguir respirar no orçamento. Lembro dos tempos em que nossos prefeitos – nos anos 70 e 80 – tinham dinheiro e faziam investimentos com recursos próprios, como Alfredo Scherer (MDB), Almedo Dettenborn (MDB) e Glauco Scherer (MDB). Foi no governo Celso Artus (MDB) em 1996 que começou a apertar o orçamento. Celso chegou a fazer empréstimo do FAP. Depois começaram os financiamentos nos governos após 2.000. Glauco e Almedo fizeram alguns. Mas foi nos governos de Airton Artus (PDT) que os empréstimos se multiplicaram e ele somou R$ 44 milhões em dois governos. Agora Giovane Wickert (PSB), acelerou ainda mais essa opção e tem projetados R$ 50 milhões de empréstimos em um governo.

Os dois sofrem criticas por isso. Vejo o tema por outro lado, o da responsabilidade de não inviabilizar a Administração Municipal no futuro.



Sérgio Luiz Klafke

Sérgio Luiz Klafke

Diretor de Conteúdo e colunista da Folha do Mate

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