Ela é pequena. Os poucos centímetros não somam o tamanho de um polegar adulto. Ainda assim, uma lagarta chamou atenção de alguns venâncio-airenses que a ‘flagraram’ em suas residências. Essa visita, ilustre, se dá devido ao veranico fora de época.
‘Vestida de verde’ e com ‘topetes definidos’, o animal foi percebido por um leitor que enviou registros à Folha do Mate. Visita ilustre não é um termo gratuito, afinal, a lagarta traz o ‘registro’ em seu nome científico: Automeris illustris. Após processo de metamorfose, ela se torna uma mariposa.
Com intuito de informar os leitores sobre a espécie, a reportagem contatou a bióloga do Centro de Informações Toxicológicas (CIT) do Rio Grande do Sul, Kátia Moura. Ela explicou que esse invertebrado é comum no verão, no entanto, apareceu nessa época do ano pelas altas temperaturas registradas fora de época. “É uma lagarta urticante. Se a pessoa encostar nas cerdas pode ter queimaduras, dor e eritema [vermelhidão na pele] por cerca de duas horas”, explica. A profissional ainda destaca que a Automeris illustris possui baixo nível de toxicidade. Depois que se desenvolve, o formato de lagarta vai evoluir até que ela se torne uma mariposa.
SERVIÇO CIT
O Centro de Informações Toxicológicas (CIT) do Rio Grande do Sul foi fundado em 1976 com uma proposta de prestar assessoria e orientação frente à ocorrência de acidentes tóxicos no estado. Além de auxiliar com informações para profissionais da área da saúde, também está à disposição da comunidade com plantão 24 horas através do 08007213000.