A lista de compras está R$ 8,52 mais cara neste mês. Em levantamento realizado pela Folha do Mate todo mês, que leva em conta 38 produtos, o aumento foi de 3% no valor médio em agosto com relação ao mês de julho.
Para adquirir todos os itens da lista, o preço médio é de R$ 269,74 neste mês, já no mês passado, o preço ficava em R$ 261,22. Dos produtos pesquisados, 20 tiveram acréscimo no valor, 14 sofreram queda e quatro mantiveram a mesma média de preços. O levantamento foi realizado na manhã de ontem, 5, em três supermercados de Venâncio Aires.
Produtos de higiene e limpeza não sofrem grandes alterações nos valores. A maior variação é em frutas, verduras, legumes, leite e derivados. O produto que teve maior acréscimo no valor foi a cebola, R$ 1,93 mais cara que no mês anterior. Já a queda mais significativa foi no preço foi da batata inglesa, R$ 1,53 a menos que em julho.
Com relação ao mês de janeiro, quando a primeira pesquisa foi realizada, o aumento foi de R$ 12,95. No primeiro mês do ano, o preço médio da lista de compras nos três supermercados pesquisados foi de R$ 256,79.
A Folha do Mate leva em conta na pesquisa realizada mensalmente 38 itens. O levantamento dos preços é feito sempre nos primeiros dias do mês em três supermercados do município e não leva em conta preços promocionais.
Preço da cebola está de chorar
Seja para fazer o molho da galinhada ou para a salada que acompanha o churrasco, a cebola faz parte do dia a dia da cozinha. Assada, frita ou simplesmente crua e temperada, o legume está na lista de compras da população. O choro no momento de descascar e cortar uma cebola provocado pela ardência nos olhos, este mês está presente também na hora da compra. No mês passado, o preço médio do produto era de R$ 3,82, enquanto que neste mês está R$ 5,75. O percentual de acréscimo foi de 50,5%.
Segundo o engenheiro agrônomo e chefe do escritório da Emater/RS-Ascar, Vicente Fin, a alteração de valor se dá em função atraso da produção da cebola na Argentina, país de onde vem o produto para abastecer os mercados de Venâncio Aires. “Devido ao clima, atrasou o ciclo, os produtores não conseguiram plantar na hora certa, o que influenciou na colheita”, diz. Ele explica que as extensas temporadas de dias chuvosos e o frio são fatores predominantes para o atraso da produção. “Como a oferta é pouca, isso influencia diretamente no preço cobrado ao consumidor”, afirma.