Para o venâncio-airense que acha que a cidade virou um canteiro de obras só por causa das obras de esgotamento sanitário, saiba que a Corsan trabalha, também, na substituição de canos de água. Mas, nesse caso, os buracos estão na calçada.
Uma nova rede percorrerá, ao todo, 17 quilômetros. O projeto foi firmado ainda em 2018, entre Prefeitura e Companhia Riograndense de Saneamento. Segundo o gerente local da Corsan, Ilmor Dörr, serão R$ 768 mil só para a execução. “Se contarmos o fornecimento de material, canos, hidrantes e tubos, chegamos a R$ 2 milhões”, estima.
O ponto atual das obras da nova rede de água fica ao longo das ruas General Osório e Fernando Manoel Schwingel, entre o Centro e o bairro Santa Tecla, mais precisamente entre as ruas Assis Brasil e Guido Paulo Schmidt. Em um trecho de 1.740 metros, no lado esquerdo do sentido leste-oeste, é instalada uma rede de 110 milímetros. Tudo na calçada. Do lado direito no sentido leste-oeste, também no passeio público, será instalada uma rede menor, de 60 milímetros. Serão 1.260 metros, para o abastecimento direto nas casas.
Conforme Ilmor Dörr, a atual rede de água é precária e a nova irá melhorar o abastecimento do bairro Santa Tecla. Ela sai do poço junto à rua Assis Brasil, que estava desativado nos últimos anos.
A substituição da rede de água já foi realizada nas ruas Jacob Becker, Barão do Triunfo e Sete de Setembro. De acordo com a Corsan, depois da General Osório, as obras devem seguir para as ruas Armando Ruschel e Tiradentes.
MELHORIA
Na parte alta da cidade, que geralmente é a que mais sofre quando falta água, a Corsan espera resolver o problema em breve. Segundo o gerente, Ilmor Dörr, foi assinada uma ordem de serviço de R$ 47 mil (recursos da companhia) para ampliar a capacidade de energia elétrica de uma subestação de água próxima ao Clube Sete de Setembro. “Será possível aumentar a potência do bombeamento que vem da ETA e vai para a Cidade Alta e arreadores.”
Obras de esgotamento em 20%
Depois das constantes reclamações da comunidade e da determinação da Prefeitura de que não poderiam ser abertos novos buracos, as obras de esgotamento ficaram em ‘stand by’. Na prática, elas não avançaram como previsto pela Corsan, porque Arcol e Encosan, as empresas contratadas, se dedicaram, nos últimos meses, a cobrir valas e até a refazer a cobertura de vários trechos.
Dessa forma, dos 51 quilômetros de rede previstos para execução na cidade, cerca de 11 estão concluídos. A informação é de Ilmor Dörr. “As empresas não andaram porque estão por zerar as pendências e refazer trechos. Tudo precisa ficar aceitável e a Prefeitura tem vistoriado isso. De qualquer forma, tudo tem garantia de cinco anos. Então se der algum problema, será refeito.”
A Arcol, de Lajeado, é responsável por oito quilômetros e concluiu pouco mais de três. Já a Encosan, de Porto Alegre, tem o maior mapa a percorrer, com 43 quilômetros e dos quais fez cerca de oito.
VISITA
As condições das obras de esgotamento vão motivar um encontro no próximo dia 27, na Prefeitura de Venâncio Aires. A pedido do prefeito Giovane Wickert, o diretor-presidente da Corsan, Roberto Correa Barbuti, estará no município para ver, de perto, a situação das obras.