A partir de novembro, dois dos maiores cemitérios de Venâncio Aires, o Municipal e o Vila Rica, serão o alvo inicial de um estudo e análise. O ‘pente-fino’ caberá à empresa Geotheca Consultoria Ambiental Geologia e Topografia, de Santa Cruz do Sul, que assinou contrato com a Prefeitura na última semana.
A ideia é que essa consultoria dê à Administração Municipal um diagnóstico da atual situação dos locais, com indicações de planejamento e possíveis soluções que ajudem a projetar suas ocupações pelos próximos 20 anos.
Segundo o assessor da Secretaria de Habitação e Desenvolvimento Social, Cesar Ersen, que também será o fiscal do contrato, na próxima semana haverá uma reunião entre a equipe da Habitação e da Geotheca. “Vamos conhecer e entender a metodologia deles e nossa sugestão é que se comece pelo Municipal e o Vila Rica, que são os mais problemáticos.”
Embora a assessoria irá contemplar vários aspectos, como melhorias necessárias nos aspectos administrativos, operacionais, financeiros, sociais, legais, ambientais, paisagísticos e históricos, o principal motivador da análise é a falta de espaço para os sepultamentos. “Essa questão do espaço precisa ser minimizada. São poucas vagas nos dois municipais”, destacou Ersen.
Além disso, conforme estimativa da Prefeitura, 30% de túmulos e gavetas estão abandonados no Municipal e no Vila Rica.
LICENÇAS
De acordo com Cesar Ersen, nenhum cemitério de Venâncio Aires tem licença ambiental e esse será outro ponto a ser resolvido, passando, possivelmente, pela formulação de uma lei municipal. Por essa falta de registros, também não se sabe exatamente quantos cemitérios existem. Fato é que o estudo passará por quase 80 localidades, entre área urbana e interior, e o prazo para isso é de seis meses.
O custo definido pela empresa para realizar o estudo é de R$ 22,4 mil. Inicialmente, a Prefeitura tinha reservado, de recursos próprios, R$ 32 mil para o contrato.