A polêmica do Calçadão teve mais um episódio ontem. Favoráveis e contrários à revitalização do Largo do Chimarrão estiveram reunidos no Ministério Público e a decisão foi por abertura de prazo para apresentação de sugestões. Até o dia 14 de novembro, as propostas devem ser protocoladas na Prefeitura. O certo é que a modernização vai sair do papel, provavelmente depois da Festa do Bastião, que ocorre entre os dias 17 e 20 de janeiro de 2020. Após receber as ideias, o Município terá até o dia 29 de novembro para responder o que será e o que não será viável contemplar. Por enquanto, os empresários e proprietários de imóveis da região seguem dispostos a custear dois terços do projeto, que terá custo máximo de R$ 300 mil. A contrapartida da Administração é com máquinas, serviços e mão de obra.
PORTO CONCILIADOR
O promotor de Justiça Pedro Rui da Fontoura Porto vem exercendo papel fundamental na questão do Calçadão. Tem paciência para ouvir todas as propostas, colocá-las em discussão e extrair o que as pessoas pensam em comum. Sabe o momento exato de interferir nas manifestações, isso quando o assunto ganha proporções e pensamentos mirabolantes e desnecessários. É um conciliador, coisa rara nos dias de hoje, mas também tem a firmeza necessária que a função lhe exige. A postura é elogiável, pois o representante do Ministério Público consegue dar celeridade aos processos, sem com isso cercear o direito de opinião.
HOSPITAL VAI DEMITIR
O plano de recuperação do Hospital São Sebastião Mártir (HSSM) foi anunciado ontem. Como era esperado, a diretoria confirmou que uma das ações do planejamento é fazer demissões, em número de 32 inicialmente. Também está no cronograma de ações a venda do prédio recentemente doado ao HSSM pela Prefeitura, imóvel que fica localizado na rua Visconde do Rio Branco e que já sediou a Secretaria de Assistência Social. O desencaixe mensal chega a R$ 650 mil e, com estas e outras ações – redução de um médico plantonista no Pronto Atendimento 24 horas, por exemplo -, a expectativa é economizar cerca de R$ 280 mil por mês. Até o fim do ano que vem, a recuperação alcançaria os R$ 7 milhões. Atualmente, a dívida da casa de saúde está em R$ 14 milhões, número que foi atualizado ontem, pois já chegou a se falar em R$ 18 milhões. Particularmente, acho que as ‘medidas amargas’ não ficarão por aí, pois a caminhada é longa até que a saúde do hospital estabilize.