HSSM aposta em emendas para ‘alívio’, proposta aos médicos e venda de prédios

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Segundo informações do presidente do Hospital São Sebastião Mártir (HSSM), Luciano Spies, três emendas parlamentares, indicadas em 2018 em favor da saúde pública de Venâncio Aires, entraram na conta do Município e devem ser revertidas em benefício do hospital. Os deputados federais Yeda Crusius (PSDB) e Darcísio Perondi (MDB) destinaram, respectivamente, R$ 200 mil e R$ 100 mil. Já a senadora Ana Amélia Lemos (Progressistas), enviou R$ 150 mil à Capital do Chimarrão.

Para que o hospital possa acessar estes recursos, o Executivo deve fazer uma “troca de valores”, segundo informa Spies. “O dinheiro das emendas deve ser usado para pagamento do contrato da Prefeitura com o hospital e o valor total de R$ 450 mil das destinações pode ser utilizado para fluxo de caixa”, esclarece.

O presidente disse que a folha de pagamento de novembro dos funcionários foi quitada totalmente na sexta-feira, 13, e que os recursos referentes às emendas, quando confirmados, devem ser usados para acerto de parte dos honorários médicos, que estão atrasados. Em relação ao 13º salário, não há previsão de pagamento da segunda parcela.

“Precisamos aguardar o fluxo de caixa. Não podemos sair por aí dizendo que vamos pagar tal dia, se não tivermos certeza de que o valor necessário estará disponível. Continuamos trabalhando para viabilizar a recuperação e, assim que for possível, vamos colocando as contas em dia”, comenta, acrescentando que “já estivemos em pior situação e temos boas perspectivas”.

PROPOSTA

Spies revelou à Folha do Mate que o HSSM fez uma proposta aos médicos para pagamento do que está em aberto. “Apresentamos uma alternativa, inclusive com cronograma. Com auxílio do pessoal da Prefeitura, fizemos uma projeção de fluxo de caixa e, agora, estamos aguardando uma resposta, já que a proposta foi encaminhada ao Simers. Esperamos que eles entendam este momento e sejam sensíveis”, declara.

O presidente também ressalta que o hospital está em tratativas com a Unicred para a realização de uma “troca de garantias”. De acordo com ele, o prédio onde funcionou o almoxarifado da Prefeitura foi inscrito como garantia em uma operação de crédito e, como a instituição projeta vender o imóvel em breve, será necessário desfazer a condição, apresentando outras garantias. As avaliações são de que o hospital possa obter R$ 3 milhões com os prédios do antigo almoxarifado e da antiga pasta de Assistência Social.

Os os dois estão localizados na rua Visconde do Rio Branco, entre as ruas Jacob Becker e General Osório. Spies informa que investidores interessados nos imóveis e áreas já procuraram a diretoria do HSSM, mas que nada passou de “conversas iniciais”. Ele não descarta, inclusive, cotizar a área, caso não apareça um único investidor para comprar os imóveis. “Se conseguirmos este valor de R$ 3 milhões, resolvemos nossas pendências mais urgentes, quitamos tudo que tem de passivo e ainda temos condições de adiantar alguma coisa da proposta que fizemos aos médicos. Precisamos que dê tudo certo”, conclui.

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Carlos Dickow

Carlos Dickow

Jornalista, atua na redação integrada da Folha do Mate e Terra FM.

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