O poema está presente na vida humana deste a antiguidade. Sua linguagem literária perpassou o tempo, porém transmutou sentimentos e fez-se arte – dentre as mais belas – é capaz de libertar nossa mente, apaziguar dores e revelar verdadeiros artistas, em qualquer forma de expressão.
Através da escrita, insensíveis criam formas – e não raro – se desnudam de preconceitos que um dia lhe causara amarras. No entanto, a alma do poeta que parece inatingível, é a pura essência na caminhada, em prosa ou em versos.
O que tem a ver o varal?
Sabe aqueles rabiscos ‘guardados na gaveta’? Pois é – estes mesmos. Muitas vezes sem rima, desengonçados, tímidos, porém são ‘tesouros’ para o mundo das artes. Aqueles rabiscado no caderno, ou em uma folha qualquer e jogado em alguma caixinha. Eles não podem ficar mais lá. Permita-se, o tempo é agora!
Dona Olinda
Confere aqui um pouco desta história
Para iniciarmos o 2020, homenageamos dona Olinda Fagundes de Freitas, 83 anos. Ela que escreve desde 1981, poema dedicado a primeira neta, passa por todos os estilos de linguagem, com sensibilidade transcreve a essência da alma. Em um caderno especial, na mesa da cozinha, eis que brotam os mais lindos versos.
Hoje, transcrevemos um deles!
Rosas, por que os espinhos?
Muitas rosas em meu jardim
Como saber se gostam de mim?
Quero acariciá-las. Sentir seus perfumes,
mas sem dó me espinham.
Se são tão belas, porque agridem?
O que terão a nos ensinar?
ROSAS, cor de rosa, amarelas ou vermelhas.
A branca inspira a paz, e a conviver com a natureza.
Rosas transcendem a alma, de quem as aprecia.
O perfume embriaga de amor e de magia.
Não sei viver sem rosas no meu jardim,
Também não sei viver sem o meu amor perto de mim.
Como as rosas e os espinhos, assim é o amor
Se as vezes somos feridos, as rosas compensam a dor.