Ao colocar seu nome à disposição da legenda para concorrer a prefeito em 2020, o presidente do MDB, Paulo Mathias Ferreira, fez também um desabafo: “Nosso partido ficou, sim, magoado com este governo. Apoiamos a Administração por três anos e, quando chegou a hora do reconhecimento, não houve contrapartida. O partido ficou magoado”. Independente do sentimento de quem quer que seja, a verdade é que o ‘peitaço’ de Ferreira dá novos contornos ao cenário político de Venâncio Aires. Justamente por situações como esta é que o MDB se intitula de ‘fiel da balança’. Em 2016, parte da sigla apoiou, informalmente, a candidatura de Giovane Wickert (PSB) e Celso Krämer (PTB), e todos sabem o resultado. Agora, não aceitou a pressão do governo que ajudou a eleger e chegou à presidência da Mesa Diretora do Legislativo. Será o MDB, mais uma vez, decisivo para a eleição majoritária? Particularmente, acho que a legenda vai acabar figurando com um nome a vice, em alguma chapa. Mas, vale ressaltar, é partido de tradição, que pode muito bem ser alternativa ao que já está posto.
DESEJO DE SANTOS
O anúncio do nome de Paulo Mathias Ferreira (MDB) para concorrer a prefeito pode frear as intenções de Gilberto dos Santos de deixar o PTB. O vereador mais votado da atual legislatura não esconde a vontade de disputar a eleição majoritária, como vice em alguma chapa, e o MDB era uma das possibilidades. O vice-prefeito e presidente petebista, Celso Krämer, está confiante que, com o lançamento do nome de Ferreira, Santos permaneça na legenda.
RAPIDINHAS
• Como a coluna havia antecipado que aconteceria, Elstor Hackenhaar deixou o MDB. E o rumo foi o PTB, onde assinou ficha. A dúvida é: terá de volta o cargo em comissão que perdeu recentemente? Para quem não lembra, Hackenhaar foi um dos exonerados no episódio envolvendo o governo e MDB, quando Helena da Rosa foi eleita presidente da Câmara.
• Em recente visita à Folha do Mate, o prefeito Giovane Wickert (PSB) destacou duas situações que, após intervenção do Município, tiveram desfechos importantes. Uma é em relação à falta de água na parte alta de Venâncio, que tradicionalmente piorava na época de verão e que, nas últimas semanas, não foi mais verificada. A outra é referente ao valor da Tarifa de Pós-Utilização (TPU) do rotativo, que foi reduzida de R$ 14 para R$ 6. “Notei que as pessoas não fizeram novas reclamações e isso me deixa muito feliz”, comentou.