Caiu como uma bomba no meio político, em especial na Câmara de Vereadores de Venâncio Aires, a informação, trazida com exclusividade pela Folha do Mate, na edição de ontem, de que Sandra Wagner (PSB) e André Puthin (MDB) estão elaborando material para embasar um projeto de lei que prevê a redução do número de assessores no Legislativo: de 30 para 15, ou seja, de dois para um por parlamentar. Nas redes sociais, há quase um equilíbrio de opiniões contrárias e favoráveis. Entre os vereadores, no entanto, os que se manifestaram apontaram que os colegas estão sendo oportunistas em tratar do assunto em ano eleitoral. Publicamente, Ana Cláudia do Amaral Teixeira (PDT), Tiago Quintana (PDT), Ciro Fernandes (PSC) e Ezequiel Stahl (PTB) contestaram Sandra e Puthin. O assunto deve pautar a sessão da próxima segunda-feira.
INDICAÇÃO PARA A MESA
Ontem, Sandra Wagner (PSB) participou do programa Terra em Meia Hora, da Rádio Terra 105.1 FM, e confirmou que, apesar de ter sido questionada nas primeiras horas da manhã, mantém sua convicção em relação à proposta. “Me sinto orgulhosa e encorajada, pois essa é uma demanda que vem da comunidade”, declarou. A vereadora disse, ainda, que foi informada de que o projeto não poderá ser protocolado por ela e André Puthin (MDB), mas indicado à Mesa Diretora da Casa, que é quem, de acordo com o Regimento Interno, tem a prerrogativa de apresentação deste tipo de matéria. “Desde que começamos a falar sobre o assunto deixamos claro que a participação dos demais vereadores é bem-vinda, portanto não vejo problema de a Mesa ser a propositora. O mais importante é que este tema seja debatido”, acrescentou. Puthin não participou do programa, pois já tinha compromisso agendado.
RAPIDINHAS
• Além dos vereadores citados no primeiro tópico desta coluna, outros também fizeram contatos, mas não quiseram ter seus nomes vinculados ao assunto neste momento. Na sessão da Câmara de segunda-feira, 17, devem finalmente participar da discussão.
• Ainda sobre a questão da proposta de redução de assessores, Sandra Wagner (PSB) garantiu que não conversou a respeito nem com o prefeito Giovane Wickert (PSB), nem com o colega de sigla, Adelânio Ruppenthal (PSB). Também não trocou informações com integrantes da base governista ou militantes do PSB. A ideia, reforçou surgiu quando ela era presidente da Câmara, em 2018, e André Puthin (MDB) seu vice.
• Apesar de todos os esclarecimentos prestados pelos dois vereadores e abertura de espaço para quem quiser participar do encaminhamento do projeto, a pressão está correndo solta, de todos os lados. Resta saber se todas as opiniões – a respeito do assunto e dos parlamentares – serão tornadas públicas ou não.