Flamengo, Jesus e uma cultura de vitória

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Muito se tem falado do treinador português Jorge Jesus e do sucesso recente do Flamengo. Parece que é mesmo obrigatório continuar falando nisso, por conta de suas vitórias que permanecem firmes, na nova época que está começando. A Supercopa, a Taça Guanabara e a Recopa Sul-Americana se encaminharam para a sala de troféus do Mengão.

Três troféus em dez dias

Poucos apostariam que o Flamengo, na ressaca de duas grandes conquistas na época anterior (o esperado Brasileirão e a sonhada Libertadores) entrasse com tanta fome de vitória na nova temporada. Os sites de apostas esportivas (clique aqui para descobrir alguns) não teriam uma opção dedicada para apostar nesses três resultados; mas seria possível criar uma aposta múltipla com os resultados dessas três partidas. Quem o tivesse feito e apostado na vitória do rubro-negro em todas teria conseguido um interessante prêmio!

Alguns dirão que os adversários não teriam meios para equilibrar com a turma de Jesus, mas o fato permanece. Eram três jogos de responsabilidade, e bastaria um ou outro erro para o time se dar mal. No mais, depois das conquistas anteriores, a torcida não levaria a mal um ou outro fracasso – mesmo sendo o Flamengo. Mas Jesus e seu time saíram com a ficha limpa. E com o moral bem elevado para a continuação da época e os desafios mais importantes.

A forma lutadora como o time está abordando a nova época nos mostra aquilo que será talvez o mais importante que o treinador português está trazendo a seus jogadores: a cultura de vitória.

Mané Garrincha ou Ayrton Senna?

Jesus vem mostrando a seus jogadores que é importante lutar do princípio ao fim do jogo, estar atento a todos os detalhes, e não celebrar nem festejar antes do apito final do juiz. E quando a festa acaba, é hora de começar trabalhando duro para preparar a próxima partida, e a próxima vitória.

Apetece dizer que o Brasil inteiro deveria seguir esse exemplo. Sem sair do futebol, os mais críticos da carreira de Neymar Jr dirão que lhe está faltando essa cultura de vitória, de sacrifício e de determinação para conseguir mais vitórias, tanto individuais como coletivas. Afinal, no início da última temporada de futebol na Europa, era ver Neymar passando seus dias no Algarve (em Portugal), numa altura em que Cristiano Ronaldo e Lionel Messi já estavam trabalhando duro para começar a nova época.

Mas será que os exemplos só vêm de Portugal ou do exterior? Acreditamos que não. O país tem muitos ídolos; só precisa saber escolher.

Mané Garrincha era um talento favorecido pelos céus. Com uma capacidade de drible, uma ginga e uma graciosidade que mais ninguém tinha. Mas, se olharmos a seu trajeto pessoal, poderemos compreender porque é que ele não conseguiu feitos ainda mais impressionantes no futebol. Só talento não chega – e no esporte super-profissional de hoje, é mesmo impossível.

A cultura de vitória que Jesus está aplicando no Flamengo nos lembra outro brasileiro. O cara que, em garoto, corria de kart oito horas por dia. Que mesmo assim prolongou seus estudos até o máximo que pôde. Que corria para Interlagos sempre que caia garoa, depois de descobrir que não sabia nada sobre correr de kart na chuva. O cara que, quando se mudou para Inglaterra, sacrificando tudo o resto – inclusive um casamento – a seu sonho, trabalhou duro para vencer quase todas as corridas em que participou até chegar no nível máximo de seu esporte. Esse cara era Ayrton Senna da Silva.

Como se vê, a cultura de vitória é bem conhecida entre nós. Parabéns a Jorge Jesus por nos vir recordar isso.

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