O procedimento realmente levanta dúvidas para muita gente, especialmente pela forma como é realizada: Afinal e contas, corta-se “alguma coisa” lá por baixo. Mas, esta “alguma coisa” não é nada mais do que o pequeno canal que, durante o processo de ejaculação conduz os espermatozóides dos testículos até o exterior. E outras palavras, não se altera em nada o próprio processo de ereção. Será preciso compreender que o mecanismo que controle e determina a própria ereção nada tem a ver com o processo de exteriorização dos espermatozóides.
Portanto, estes são conceitos errados que ao longo dos anos se transformaram em mitos. Não existe possibilidade de acontecerem distúrbios de ereção peniana em decorrência de uma vasectomia. O processo de ereção depende de um conjunto de fatores em que entram os psicológicos, vasculares, medicamentosos e até da própria saúde físico do homem, ou seja, uma série de situações em que poderão vir a ocorrer danos ao desempenho sexual. A vasectomia não altera o desejo sexual do homem. Desta maneira esta série de “outros fatores” que venham a interferir neste mecanismo de ereção peniana poderão levar às falhas neste desempenho erétil. Neste sentido não se pode esquecer o uso de drogas, de uma serie de medicamentos especialmente os anti-hipertensivos, do cigarro e do álcool.
É desta maneira, mesmo que o homem sinta o desejo sexual, que a ereção pode falhar total ou parcialmente. Será preciso entender ainda que a ereção peniana depende da ação deste conjunta de fatores e é coordenada pelo sistema nervoso central. Será preciso entender que a necessária integridade do processo de ereção do pênis depende de seus corpos cavernosos íntegros poderem se encher de sangue sob alta pressão e que depois de “cumprido com sua missão” possam novamente drenar este sangue e tê-lo circulando no seu interior sob baixa pressão. Este é o mecanismo da ereção. Tudo isto acontece sob um comando cerebral.
Portanto, a vasectomia não causa impotência. Trata-se de um processo em que, inclusive a própria produção de espermatozóides continua acontecendo, apenas, que, estes passam a não serem mais eliminados durante a ejaculação e sim, são reabsorvidos pelo próprio organismo.
