Venâncio-airenses pelo mundo relatam como estão enfrentando a pandemia

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Depois de ser descoberto em Wuhan, na China, o Covid-19 se espalhou. Chegou à Europa e também na América do Norte e do Sul. O mundo sente seus reflexos da pior forma. Escolas e empresas estão fechadas, mercados controlam estoques de mantimentos e a população está, em muitos locais, isolada dentro de casa.

Reportagem da Folha conversou, nesta semana, com venâncio-airenses quem vivem em diferentes continentes. Eles contaram como estão enfrentando a pandemia do coronavírus.

Portugal – Morando há um ano em Lisboa, Daniela Beppler, 26 anos, está de quarentena em casa. Em entrevista, contou que a cidade está um “caos” e que percebe uma redução significativa do movimento nas ruas. “Não estou saindo, mas da minha janela vejo que as ruas estão vazias”, pontua. Daniela estuda e trabalha com assessoria em marketing digital, no entanto, ressalta que algumas empresas suspenderam suas rotinas de trabalho e outros determinaram home office. A venâncio-airense comenta que está tendo os cuidados preventivos necessários e que deseja sorte ao povo gaúcho com a chegada da pandemia no Rio Grande do Sul.

Alemanha – Em intercâmbio acadêmico na cidade de Mittweida, na Alemanha, Natália Lauschner Kist, 24 anos, conta que na Hochschule Mittweida – University of Applied Sciences, instituição onde estuda, as aulas presenciais foram suspensas por duas semanas. “Até, então, não tem nenhum caso confirmado aqui na cidade onde estou, mas na segunda-feira fui resolver algumas questões burocráticas e encontrei o banco fechado, por exemplo”, complementa. A estudante de Engenharia de Produção salienta que o papel higiênico já está faltando nos supermercados e que a orientação é manter distância das pessoas e lavar bastante as mãos. “Alguns cartazes com orientações foram espalhados pela cidade”, acrescenta. Na segunda-feira pela manhã, quando saiu na rua, haviam muitas pessoas circulando pela cidade. “Até me surpreendi”, pontua.

Canadá – Em Toronto, no Canadá, há mais de um ano, Juliana Mohr, 32 anos, destacou que está tomando todas as medidas de prevenção ao lado da filha Carol e do marido Alan Tessmann. Com a situação de pandemia se agravando no território canadense, as aulas e eventos em espaços públicos foram suspensos. “Bares e restaurantes terão que ser fechados e só atender serviços de delivery. Quem descumprir essa medida será multado em U$S 25 mil por dia”, acrescentou. A estudante conta que algumas lojas estão fechando voluntariamente e outras trabalham em horário reduzido. Juliana acredita que a medida para o fechamento das fronteiras seja uma boa estratégia para conter a propagação do vírus. “Nossa rotina está mudando bastante. A Carol não tem escola, tudo muda. Temos que adotar essas medidas de cautela para proteger aqueles que estão a nossa volta também e sair somente se necessário”, reflete.

Peru – Em intercâmbio acadêmico em Lima, no Peru, a estudante venâncio-airense Sabrina Bencke, 23 anos, disse que na residência onde mora com mais 11 pessoas com nacionalidades de seis países, regras de limpeza, principalmente em locais de uso comum, foram adotadas para a prevenção e segurança. “As fronteiras do país foram fechadas e declarada a quarentena. Farmácias, bancos e supermercados são os únicos estabelecimentos que estão funcionando. Nos mercados entra apenas um número determinado de pessoas por vez, mas muitos produtos já estão em falta”, comenta. Aulas em escolas e universidades foram canceladas até o fim do mês e as pessoas que estão nas ruas estão recebendo orientações da Polícia e das Forças Armadas para retornarem às suas residências.

Estados Unidos – Jordana Rex, 25 anos, mora há dois anos em Manhattan, Nova York. Conforme ela, a cidade conhecida por nunca dormir, está com as ruas paradas. “A situação da cidade é bem assustadora. Todos que podem estão trabalhando de casa. O prefeito da cidade decretou que restaurantes, cinemas, teatros e todos os estabelecimentos público fechassem por tempo indeterminado e isso causa uma grande preocupação nas pessoas”, enfatizou. A venâncio-airense conta que nos mercados as prateleiras estão vazias. “As pessoas brigam por itens como papel higiênico ou suprimentos que podem ser congelados”, complementa. Nas ruas, Jordana conta que as pessoas andam de máscaras, luvas e ninguém chega perto de ninguém. “Percebo um povo muito preocupado e assustado, é uma histeria muito grande”, salienta.

República Tcheca – A venâncio-airense Patrícia Mrkvika, 39 anos, mora há dez anos em Mlada Boleslav, na República Tcheca. A professora de Inglês reforça que o índice não está alto no país Tcheco, mas garante que o governo foi inteligente nas medidas de prevenção. “Uma semana depois do primeiro caso ser diagnosticado, eles mandaram cancelar aulas de escolas e universidades, restaurantes foram fechados. Não podemos sair na rua sem necessidade”, complementa. Ela garante que está estocando comida em casa, mas mesmo assim está na torcida para que essa situação amenize e que a rotina possa voltar ao normal. “Cuidem das suas famílias, se isolem, evitem contato social porque esse vírus se espalha muito rápido. O que estamos passando aqui não desejo para ninguém, é um terror psicológico”, diz.

Emirados Árabes Unidos – Morando há 11 anos em Dubai, a professora na educação infantil Daniela Goethel, 42 anos, conta que ainda existe uma movimentação normal na cidade. “Os carros ainda estão circulando e as pessoas trabalhando”, acrescenta. Até o momento, apenas piscinas, cinemas e parques temáticos foram fechados. “Já conseguimos perceber uma redução no número de pessoas em locais públicos. Ainda há uma movimentação nos shoppings”, destaca. As escolas em Dubai já estão fechadas e no dia 22 está previsto o início das atividades de forma on-line. “Nossa intenção era ir ao Brasil nessas férias, mas infelizmente não vamos conseguir”, lamentou Daniela. Ela conta que ao lado da família faz as prevenções necessárias, como a higienização e evita locais com aglomeração de pessoas.

    

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