Por Roselane Kaufmann Moraes – Agricultora e moradora de Potreiro Grande
A minha história sobre Passo do Sobrado que eu não esqueço, é sobre os postos bancários do município, que se encontravam onde fica hoje a Prefeitura. E mesmo sendo emancipado, ainda não havia agência, somente Banco do Brasil e Banrisul. Os produtores rurais vendiam a safra e recebiam o valor ali nos postos bancários. Era o máximo na época, quando eu tinha de 12 para 13 anos.
Lembro da rodoviária do senhor Iedo Weber que também tinha uma churrascaria ‘de primeira’, onde almoçamos muitas vezes e onde havia uma programação e tanto. Uma vez, meu pai e minha mãe, ao receberem o valor da safra, me deram de presente a minha primeira bicicleta, comprada na loja do seu Albertinho, mestre das bicicletas.
Esse dia do mês de março me marcou muito, pois com 12 anos estava ganhando minha primeira bicicleta, uma Caloi Ceci, de cor rosa, com cestinha. Eu estava realizada. Lembro da pessoa da dona Irena, esposa de Alberto me olhando e admirando minha felicidade. Então o Albertinho ajustou a altura do banco e eu segui andando com minha bicicleta até minha casa.
Hoje, com 40 anos, lembro de todos os estabelecimentos comerciais daquela época. Atualmente está tudo diferente, mudou muito, e para melhor. Só me restam as lembranças de tempos difíceis, mas que tinham suas vantagens e seus encantamentos, e por isso, também éramos felizes naquela época. Parabéns, Passo do Sobrado, pelos 28 anos de crescimento.
*Matéria integrante do caderno especial do aniversário de Passo do Sobrado, no qual pessoas da comunidade contaram suas histórias ao repórter Claudio Froemming.