“É hora de buscarmos o isolamento social”, destaca médico do Exército Brasileiro

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O médico clínico geral do Exército Brasileiro em São Gabriel, Marlon Benelli, que é natural de Vale Verde, vem a público demonstrar sua preocupação com o coronavírus e dar dicas para evitar contaminações. Segundo ele é hora de todos buscarem na medida do possível o isolamento social.

“Estamos diante de uma pandemia que merece muita atenção. A história geral do mundo e sua atualidade nos mostram isso. O Covid-19 deve ser levado a sério por todos, para evitarmos o pior”, enfatiza o médico. Ele lembra que em 1918 ocorria a primeira Guerra Mundial, a qual em seus combates vitimou cerca de 8 milhões de pessoas. Junto a ela, acontecia a “gripe espanhola”, a qual matou 40 milhões.

Dia 24 de fevereiro a Itália apresentava a morte de 7 pessoas, hoje, contabiliza aproximadamente 7 mil, isso em 31 dias. “Essa comparação entre passado e presente, e seus números, nos comprovam que devemos sim nos preocupar. O Covid-19 é um vírus de contágio fácil, seja por gotículas e aperto de mãos, entre outros”, afirma Benelli.

Ele aponta que para prevenção do contato todos precisam ter os cuidados básicos de higiene e assepsia, que os canais e o Ministério da Saúde repassam. “O método mais eficaz, o qual é comprovado em estudo é o isolamento social, ou seja, quanto menos gente em contato, menos disseminação do vírus. Logo, devemos evitar aglomerações”, pede Marlon Benelli.

Ele explica que um dos motivos da Itália estar sofrendo muitas perdas é porque a população não respeitou esse pedido do governo, o que ocasionou uma disseminação muito rápida de casos graves. Hoje as pessoas morrem na Itália porque não tem mais leito de UTI para tratar quem precisa. “Aqui no Brasil não podemos ter essa disseminação abrupta, pois o SUS tem apenas cerca de 27 mil leitos de UTI disponíveis para todo seu território. Então, se tivermos um número alto de casos graves em nosso país, o desfecho vai ser trágico. É por isso, que precisamos nos isolar para frear essa contaminação”, reforça.

O médico destaca que um dos problemas do vírus é que após o contato, a pessoa pode demorar até 15 dias para apresentar sintomas, porém nesse intervalo, ela já está contaminando os outros. “Por isso a rapidez de disseminação é alta, e por isso, volto a repetir, devemos seguir os métodos de prevenção e se isolar, mesmo sem sintomas”, suplica o clínico geral.

SINTOMAS E DICAS DE MEDICAÇÃO

Ele esclarece que o vírus pode causar febre, dor no corpo, tosse, entre outros. Pacientes jovens, sem comorbidades, na maioria das vezes, tem quadros leves, entretanto, os do grupo de risco (diabéticos, hipertensos, e com outras doenças que deprimem o sistema imunológico), podem apresentar casos graves, com alto índice de letalidade. “Se você apresentar sintomas leves, fique em casa, use paracetamol, dipirona, evite o ibuprofeno, redobre os cuidados de higiene. Procure o médico se tiver dificuldade para respirar ou intensificação dos sintomas”, explica.

O médico também faz um apelo à sociedade, para que sejam avitadas aglomerações e sigam os métodos de prevenção. “Temos que nos proteger, bem como os grupos de risco. Nós médicos, estamos diante de um adversário invisível, muitas vezes letal, e que ainda não sabemos como matar. Nossa estratégia é frear a disseminação, e a única arma para isso, é o isolamento social. Portanto façam isso, em nome de todos que amamos. Vamos evitar que o pior aconteça.”

    

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