Com a falta de chuva nos últimos meses, a situação da seca foi se agravando no município. Algumas regiões passaram a sofrer ainda mais com os efeitos da estiagem, principalmente pela falta de água para consumo humano e também animal.
Uma das regiões afetadas é Linha Marmeleiro. Mais de 25 famílias enfrentam, diariamente, um problema antigo: a falta de água. Com um poço encaminhado há 13 anos, a Associação Hídrica João Cândido de Moura aguarda a liberação de um valor para finalizar o processo de canalização da água.
Em 2018, os moradores e Prefeitura se uniram e perfuraram um poço artesiano de 146 metros de profundidade. Mas a água não chega até os moradores. Com isso, desde que iniciou a estiagem, as famílias faziam o pedido para o caminhão-pipa da Prefeitura.
Como uma medida emergencial, a Secretaria de Desenvolvimento Rural, em conjunto com a Secretaria de Habitação e Desenvolvimento Social, efetuou a compra de uma caixa d’água de 7,5 mil litros, efetuou a instalação de uma bomba de água há 130 metros de profundidade no poço e um gerador de energia, visto que, no local, a instalação elétrica ainda não está concluída.
Ildemar Corrêa, 40 anos, foi o primeiro a garantir água para a família. Com duas bombonas de 200 litros ele garantiu água para ele e mais cinco familiares. “Já estávamos há três semanas sem água, ainda bem que isso aqui veio. Chegou em boa hora.”
O agricultor Gleomar Eduardo da Silva, 26 anos, também garantiu as suas bombonas de água para a família. “No momento em que falta um pouco de chuva, aqui já começa a faltar água. Agora a gente vai ter onde buscar. Mas mesmo assim, vamos precisar poupar.”
O presidente da associação hídrica, Antônio Marcos Carvalho Muniz, 43 anos, revela que o problema afeta os moradores há 13 anos. “A gente já fez um projeto, são 13 famílias beneficiadas diretamente com a rede hídrica. Sem contar nas outras que também estão convidadas a pegarem água para o seu consumo.”
AÇÃO TEMPORÁRIA
O gerador foi contratado por 30 dias, podendo ser prorrogado por mais um mês. O projeto completo teve um investimento de R$ 7 mil do poder público. Entretanto, o secretário de Desenvolvimento Rural, André Kaufmann, frisa que nos próximos dias os moradores irão fazer o pedido para a instalação da rede elétrica no local. “Esse ponto de apoio no poço é uma maneira temporária para socorrer algumas famílias que estão sem água. Nós instalamos essa caixa de água, com a bomba e o gerador de energia elétrica. Isso vai possibilitar que esse moradores possam ficar abastecidos.”
Além disso, o projeto de encanamento e tratamento da água da rede hídrica está inscrito junto à Fundação Nacional da Saúde (Funasa) para garantir o abastecimento nas casas dos moradores. São 7,5 quilômetros de rede hídrica. O investimento previsto, conforme Muniz é de R$ 192 mil. “Agora com esse projeto inscrito na Funasa, a gente aguarda ansiosamente a aprovação para ajudar nossas famílias. Porque a gente não tem todo esse dinheiro para levar água até nossa casa, mas é um direito nosso”, reforça.