APF ‘fecha as portas’ em 2017

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Foto: Divulgação / DivulgaçãoFalta de patrocínio = sem time em 2017
Falta de patrocínio = sem time em 2017

Não está fácil pra ninguém. A crise econômica se instalou de uma forma que é preciso fazer mágica para tentar ‘driblar’ aquilo que não se quer que ‘morra’. No meio esportivo não é diferente. São inúmeras as dificuldades enfrentadas pelas equipes. Se não está fácil para conduzir o profissional, imagina um clube ‘pequeno’. Na região dos Vales, a APF, de Passo do Sobrado, é um exemplo. Com dificuldades, sem patrocínio e sem outro apoio que ao menos dê uma sustentabilidade, a equipe não irá disputar o Campeonato Estadual de Futsal Série Bronze na temporada 2017.

“As dificuldades são inúmeras. Passamos três anos nada fáceis. Aqui em Passo do Sobrado ainda conseguimos fazer o futsal na Série Bronze na base da parceria. Por tudo até hoje sou grato a amizade dos atletas tanto aqui da cidade como de Venâncio Aires e Santa Cruz do Sul. Com o técnico Paulo Rocha, de Santa Cruz, montamos um grupo de amigos e colocamos a cara a bater. Colhemos bons resultados mas infelizmente Passo do Sobrado não terá a mesma representação em 2017”, afirma o presidente do clube, Willian Cassiano Ferreira.

Porque a APF está ‘fechando as portas’? A resposta de Cassiano foi bem clara. “São três os fatores. O primeiro é que meu segundo mandado se encerra e ninguém quer assumir o cargo maior. Em segundo é que não tenho garantias de verba por parte da Prefeitura para 2017 devido a uma nova Lei que foi criada. Em terceiro não acho justo mais ficar com os atletas sendo que eles podem ganhar uma grana extra em outras equipes”, disse o dirigente.

Na APF os atletas jogavam realmente pela parceria. “Não tem como você proibir muitos deles de jogarem aos sábados à tarde e ganhar algum dinheiro digamos que no futebol da várzea. Se tivéssemos condições de bancar o pessoal, daí sim você pode cobrar e exigir uma única preferência deste atleta ao menos aos sábados para o futsal. Se for jogar no domingo, tudo bem. Todos fazem isso. Você tendo uma ajuda de custo para o atleta de forma mensal, você cobra e exige preferência total deste atleta nos sábados e até nos treinamentos da semana”, menciona Cassiano.

O próprio dirigente declarou que no mês de dezembro alguns atletas da APF já acertaram sua transferência para outras equipes que irão disputar a Série Bronze em 2017. “A nossa região aqui, de uma forma ou outra, é forte no Estadual Série Bronze. APF (Passo do Sobrado), Maxxy Candeias e Atlético (Candelária), ACBF (Cerro Branco) e Nadas Branco (Rio Pardo) estavam na 3ª Divisão. Um pouco mais distante tem Salto do Jacuí que também teve atletas de Venâncio Aires defendendo aquela equipe. O goleiro Testa, o fixo Ericson e o pivô Júnior acertaram a ida para o Atlético, de Candelária. O Jeanzinho e o Tiago Rosa irão atuar no Sercca, de Casca. Tem outros encaminhados como o Fabio Geraldi, o Pablo Tiago e o Dadinho para o Maxxy Candeias. Pelo que sei outros atletas também estão procurando ainda algum clube”, completa Cassiano.

COMO TUDO FICA?

Quanto ao futuro, o dirigente ressalta que é preciso se fortalecer em 2017. “Temos que procurar fazer eventos que nos tragam uma renda para assim conseguirmos um caixa. Se isso se confirmar, podem me cobrar, a APF voltará com força total em 2018”.

O ‘carro-chefe’ de Passo do Sobrado ao menos nas últimas temporadas foi a APF no Estadual. “Nem assim conseguimos suporte financeiro o suficiente para mantermos o futsal. A realidade é essa. Falta quem queira investir e pessoas para trabalhar na linha de frente da APF. é uma pena termos que fechar as portas mas quem sabe muita coisa possa mudar para em 2018 voltarmos com força total. é bom lembrar que a APF, tanto em 2015 como em 2016, figurou entre as oito melhores equipes do Estadual. Não chegamos por detalhes na semifinal”, completa o dirigente.

Mesmo sem APF no Estadual, o clube seguirá ativo naquilo que se refere ao trabalho com as Escolinhas. Cassiano garante que o Departamento da ‘garotada’ irá se manter em 2017. Ele não descarta também a participação da APF, com uma equipe mais caseira, em competições de futsal de forma regional. Material humano de bom valor tem para defender as cores do clube passobradense.

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