No dia 26 de novembro completam-se 16 anos da Batalha dos Aflitos, um dos momentos mais impactantes da história do Grêmio. Com quatro jogadores expulsos (o Náutico também teve um), o Tricolor Gaúcho tinha que, pelo menos, empatar contra o time pernambucano, mas além da desvantagem numérica tinha um pênalti contra. Mas não só o goleiro Galatto defendeu a cobrança como um contra-ataque mortal e o gol de Anderson deu a vitória ao Grêmio, que subiu para a Série A do Brasileirão 2006.
Desde lá o Tricolor venceu Copa Libertadores, Copa do Brasil, revelou muitos jogadores, construiu uma nova Arena e deu alegrias a seu torcedor, mas em 2021 se vê em uma situação dramática: o time pode cair pela terceira vez em sua história e uma virada é improvável, mais até do que no histórico jogo de 2005. Não à toa o presidente Romildo Bolzan, após a vitória contra o Red Bull Bragantino, pediu seis Batalhas dos Aflitos nos jogos que restam.
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O que resta na reta final de competição
Com 32 pontos em 32 jogos, o Grêmio cavou fundo a sua cova e sair dela será muito difícil. A situação era dramática antes do jogo contra o Red Bull Bragantino, mas a equipe paulista preferiu escalar um time reserva, já que encara a final da Sul-Americana no fim de semana, e o Imortal fez sua parte, vencendo por 3 a 0.
O ânimo da vitória foi logo acompanhado de um duro baque: o Juventude venceu o Fluminense e chegou a 39 pontos. O rival estadual aliás venceu seus três últimos jogos, saindo da zona de rebaixamento e abrindo três pontos em relação ao Bahia. O São Paulo, que também estava começando a ter dor de cabeça com a zona do descenso, também se aproveitou de um time reserva (o Palmeiras pensa na final da Libertadores) e venceu o clássico paulista chegando a 41 pontos.
Ambos, portanto, mantiveram a distância e agora é o Atlético-GO que está na primeira posição fora da zona, com 39 pontos, sete a mais que o Grêmio. Outro problema: o Imortal não conta com sua torcida, depois da punição dada ao clube pela invasão ao gramado no jogo contra o Palmeiras.
Nos seis jogos restantes não há um meio-termo: o tricampeão da América enfrenta times que estão lá embaixo ou lá em cima. A trajetória começa contra a rebaixada Chapecoense na Arena Condá (34ª rodada), Flamengo (segundo colocado, jogo na terça-feira e com possibilidade de time reserva do Fla por causa da final da Libertadores) e na sexta-feira, pela 36ª rodada o time pega o Bahia, que também está em situação complicada e em má fase.
O jogo da 35ª rodada foi empurrado para o dia 02 de dezembro, um duelo que pode ser direto contra o São Paulo. Os últimos jogos são contra o Corinthians (5° colocado), em São Paulo, no dia 5 de dezembro, e, por fim, o jogo é contra o Atlético-MG, provavelmente já campeão brasileiro, na quinta-feira dia 9.
A vitória contra a Chapecoense é obrigação, mas ao mesmo tempo o time não vence fora de casa há dois meses. E se dá para contar com um time do Galo de férias na última rodada, o Grêmio terá duelos diretos contra Bahia e São Paulo, além de pegar um Corinthians que deve estar disputando uma vaga direta para a Libertadores, em São Paulo.
E ainda há um duelo doloroso contra o Flamengo, comandado por Renato Portaluppi. Enquanto Renato estará pensando na final da Libertadores, cuja disputa iniciou pelo Grêmio, sendo eliminado na fase inicial, o Tricolor estará lutando por sua vida. Qualquer coisa além de uma vitória pode ser um balde de água fria ou até a garantia de rebaixamento dependendo da combinação de resultados. A combinação de ser rebaixado, contra o Flamengo, que impôs uma humilhação histórica na Libertadores de 2019, e com o ídolo máximo Renato Portaluppi no comando do rival pode ser demais.
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