Atletas nascidos no Rio Grande do Sul conquistaram uma medalha de prata e três de bronze nos Jogos Olímpicos de Tokyo, encerrados neste domingo (8) com uma cerimônia marcante no Estádio Olímpico Nacional da capital japonesa. O Brasil ficou em 12º lugar no quadro de medalhas, com sete ouros, seis pratas e oito bronzes – o melhor desempenho da história olímpica do país.
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Em Tokyo, 21 atletas gaúchos competiram em 11 esportes. A seguir, saiba quem são e qual foi o desempenho de cada um.
Ana Barbachan (Porto Alegre – vela – 31 anos) e Fernanda Oliveira (Porto Alegre – vela – 40 anos)
A dupla foi uma das dez classificadas para a final entre as 20 que participaram das competições na classe 470. Na decisão, as gaúchas ficaram em nono lugar.
Elas haviam competido juntas na Rio 2016 e em Londres 2012. Fernanda, porém, esteve em sua quinta edição de Olimpíadas e chegou a levar o bronze em Beijing 2008 ao lado de Isabel Swan.
Anderson Henriques (Caçapava do Sul – atletismo – 29 anos)
Anderson fez parte da equipe brasileira no revezamento 4x400m misto. Os brasileiros ficaram em penúltimo lugar no seu grupo nas eliminatórias e não alcançaram as finais.
Anderson treina, atualmente, em Blumenau (SC). Porém, ele iniciou sua carreira no atletismo na Sogipa (Sociedade de Ginástica de Porto Alegre).
Andressinha (Roque Gonzales – futebol – 26 anos) e Jucinara (Porto Alegre – futebol – 28 anos)
A meio-campo Andressinha, que atua hoje no Corinthians, é uma das jogadoras mais importantes da história da seleção feminina de futebol do Brasil. Apesar da idade, está na seleção principal há nove anos. Já Jucinara, lateral-esquerda, foi convocada pela primeira vez no ano passado e joga, hoje, no Levante, da Espanha.
Em Tokyo 2020, a seleção comanda pela técnica Pia Sundhage caiu nas quartas de final, nos pênaltis, diante do Canadá – que se sagrou campeão.
Babi Arenhart (Novo Hamburgo – handebol – 34 anos)
Jogadora do RK Krim, da Eslovênia, Babi disputou a Rio 2016, quando a seleção brasileira de handebol feminino ficou em primeiro lugar no seu grupo e caiu nas quartas de final. Em Tokyo, porém, a seleção decepcionou – ficou em sexo e último lugar no grupo.
Babi, porém, possui várias glórias na carreira pela seleção – ela foi campeã mundial em 2013 e medalha de ouro nos três últimos Jogos Pan-Americanos.
Daniel Cargnin (Porto Alegre – judô – 23 anos)
Cargnin é um dos gaúchos responsáveis por trazer medalhas ao estado. O judoca venceu um adversário israelense e ficou com o bronze na categoria até 66kg. Tokyo 2020 foi a primeira edição de Jogos Olímpicos da qual ele participou.
Cargnin treina na Sogipa, é sargento da Marinha e namora a ginasta Julie Kim.
Fernanda Garay (Porto Alegre – vôlei – 35 anos)
A ponteira gaúcha se firmou como um dos grandes nomes da seleção feminina de vôlei. A equipe da qual Garay faz parte entrou para o torneio de Tokyo como uma força menor em comparação a adversários como o time russo. No entanto, as brasileiras ficaram em primeiro lugar em um grupo com seis seleções, eliminaram as russas e a Coreia do Sul no mata-mata e terminaram com a prata, com derrota de 3 a 0 para os EUA na final.
Na gloriosa história recente da seleção, Garay possui papel de destaque. Ela fez parte do ouro em Londres 2012 e possui, ainda, três ouros e duas pratas no Grand Prix, uma prata na Liga das Nações e um ouro e uma prata nos Jogos Pan-Americanos.
Fernando Cachopa (Caxias do Sul – vôlei – 25 anos), Lucão (Colinas – vôlei – 35 anos) e Thales (São Leopoldo – vôlei – 32 anos)
Cachopa é jogador do clube Saga Cruzeiro, de Minas Gerais. Na seleção, atua como reserva de Bruninho, mas é bicampeão mundial de clubes e está ganhando espaço na seleção. Lucão, que joga no Taubaté, do estado de São Paulo, estreou em Olimpíadas em Londres 2012, quando a seleção levou a prata, e na Rio 2016, quando o Brasil foi campeão do vôlei masculino. Thales, que começou a carreira nas categorias de base da Ulbra, também joga no Taubaté e teve em Tokyo a sua primeira edição de Olimpíadas.
Em Tokyo, a seleção ficou em segundo lugar no seu grupo. Venceu o Japão nas quartas e caiu diante dos russos na semifinal. Na disputa pelo bronze, perdeu para a Argentina por 3 a 2.
Fernando Scheffer (Canoas – natação – 23 anos)
Outra medalha de bronze veio para o Rio Grande do Sul pelas mãos de Scheffer, um nadador que chegou a obter um ouro no Mundial de Piscina Curta de 2018, na cidade chinesa de Hangzhou. Ele iniciou a carreira no Grêmio Náutico União, de Porto Alegre. Hoje, está no Minas Tênis Clube, de Belo Horizonte.
Ele ganhou o bronze nos 200m livre, mas também participou da equipe brasileira no revezamento 4x200m livre, no qual o Brasil chegou à final, mas ficou em último lugar.
Guilherme Toldo (Porto Alegre – esgrima – 28 anos)
Toldo disputou a modalidade florete individual e ficou em 22º lugar, com derrota na primeira luta. Na Rio 2016, ele havia chegado às quartas de final – foi o melhor desempenho da esgrima brasileira, empatado com Nathalie Moellhausen, também no Rio. Toldo também participou de Londres 2012.
Ele começou a praticar esgrima aos oito anos e possui uma prata e dois bronzes em Jogos Pan-Americanos.
Luiza Campos (Porto Alegre – rugby – 31 anos)
Luiza começou a carreira em 2010 no Charrua Rugby Clube, de Porto Alegre. Ela fez parte da equipe brasileira que disputou a Rio 2016.
Em Tokyo, a seleção feminina de rugby do Brasil repetiu o desempenho de cinco anos atrás e ficou em último lugar no seu grupo, sem se classificar para as quartas de final.
Marcelo Demoliner (Caxias do Sul – tênis – 32 anos)
O caxiense ocupa, hoje, o 51º lugar no ranking mundial de duplas. Ele nunca havia participado de Jogos Olímpicos antes de Tokyo e só se classificou graças às desistências de outros brasileiros.
Demoliner jogou em dupla com Marcelo Melo. Eles ficaram em 17º lugar, com derrota no primeiro jogo para uma dupla croata.
Maria Portela (Júlio de Castilhos – judô – 33 anos)
Na sua terceira edição de Olimpíadas, Maria, que luta na categoria até 70kg, foi eliminada nas oitavas de final pela russa Madina Taimazova de forma polêmica. Para o medalhista olímpico Tiago Camilo, comentarista do SporTV, houve erro da arbitragem ao não considerar um golpe desferido por Maria, que teria dado a ela a vitória. A luta terminou quando a gaúcha foi desclassificada por receber uma punição.
Maria não possui medalhas olímpicas, mas é prata e bronze no Mundial de Judô e tem dois bronzes pan-americanos. A exemplo de outros gaúchos em Tokyo, ela pratica judô na Sogipa.
Mayra Aguiar (Porto Alegre – judô – 30 anos)
Mayra foi uma das atletas gaúchas que receberam medalhas em Tokyo. Ela ficou com o bronze na categoria até 78kg. Na disputa pela medalha, venceu uma judoca sul-coreana.
Mayra também luta na Sogipa e já tinha histórico de medalhas olímpicas – levou bronze em Londres 2012 e na Rio 2016. Ela participou também em Beijing 2008. A gaúcha possui ainda dois ouros, duas pratas e três bronzes no Mundial de Judô e um ouro, duas pratas e um bronze em Jogos Pan-Americanos.
Samory Fraga (Porto Alegre – atletismo – 24 anos)
Formado em Relações Internacionais pela Universidade de Kent State, no estado americano do Ohio, Samory pratica salto em distância na Sogipa, onde está desde os oito anos. Participou, em Tokyo, da sua primeira edição de Olimpíadas. Ele se classificou para o evento com apenas um centímetro a mais que a marca necessária.
Na capital japonesa, ficou em oitavo lugar em um grupo de 16 atletas e não se classificou para a final.
Samuel Albrecht (São Leopoldo – vela – 39 anos)
Albrecht pratica vela desde os sete anos. Participou de Beijing 2008 e da Rio 2016, mas não possui medalha olímpica. Nos Jogos Pan-Americanos, levou bronze. Classificou-se para Tokyo 2020 graças a um quinto lugar no Mundial de 2018.
No Japão, Albrecht competiu na classe Nacra 17 e dupla com Gabriela Nicolino. Entre as 20 duplas que participaram, os brasileiros ficaram entre as dez classificadas para a final. Na decisão, porém, ficaram em último lugar.
Tatiana Weston-Webb (Porto Alegre – surf – 25 anos)
Weston-Webb é porto-alegrense, mas vive em Kuai, no Havaí, desde os primeiros meses de vida. Ela representava oficialmente os EUA até 2018, quando passou a defender a camisa do Brasil. É considerada uma das surfistas da elite mundial do esporte. Em 2021, venceu a etapa Margaret River da Liga Mundial de Surf.
Nos Jogos Olímpicos, Weston-Webb ficou em primeiro lugar no seu grupo. Nas oitavas de final, foi eliminada pela japonesa Amuro Tsuzuki.
Viviane Jungblut (Porto Alegre – natação – 25 anos)
Viviane competiu nos 80m livre e nos 1500m livre e não se classificou para a final em nenhuma das duas provas. Ela possui bronze pan-americano nos 800m livre e na maratona aquática de 10km. Além disso, possui prata na Copa do Mundo de Maratona Aquática. Assim como Fernando Scheffer, ela treina no Grêmio Náutico União.
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