Um dos principais pontos de Venâncio Aires nas décadas de 1950, 60 e 70, o prédio do antigo Cine Imperial, na rua Júlio de Castilhos, no Centro, está sofrendo uma importante mudança estrutural. Sem receber nenhuma atividade desde o fim do século passado, o espaço passa, atualmente, por uma demolição parcial.
Os proprietários do prédio receberam, nas últimas semanas, uma notificação da Prefeitura, que dava conta de que a estrutura estava comprometida e havia risco para a comunidade. “Como é um ponto de muita movimentação de pessoas, por ser uma área bastante comercial, precisamos estar atentos”, explica a secretária de Planejamento e Urbanismo, Deizimara Souza.
A partir do aviso emitido pelo Executivo, os donos precisam apresentar laudo de um engenheiro que garanta a segurança da instalação ou, então, demolir o prédio. O engenheiro contratado pela família proprietária do espaço, Pedro Augusto Theisen, esclarece que foi enviado à Prefeitura documento solicitando a demolição parcial, nos pontos que comprometiam a construção.
A primeira etapa começou na última semana, com a remoção de paredes laterais do fundo. Depois, foi retirada a marquise do prédio. E a última fase, que deve sair do papel na próxima semana, é referente à retirada das telhas. “Após esses trabalhos, vou poder emitir o laudo técnico que atesta a segurança”, informa Theisen.
História do Cine Imperial
- Inaugurado em 1955, o Cine Imperial seguiu até 1982. Na mesma década, a família Richter, proprietária do espaço, o vendeu para Arminio Grings, que abriu uma agropecuária no local. O negócio fechou em 1997.
- Durante o tempo em que funcionou, o cinema, que também recebeu peças de teatro, reproduziu grandes filmes do século passado, reunindo bom público.
- Na década de 1960, o Cine Imperial chegou a ter a presença de Amácio Mazzaropi, uma das maiores figuras do cinema nacional.
- Atualmente, a família Grings segue proprietária do prédio, no entanto, tem a intenção de vendê-lo.