Dia das Mães: dois motivos para Suiani voltar a sorrir

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A professora Suiani Santos de Oliveira, 34 anos, e o agricultor Augusto Weber, 40, são moradores de Vila Santa Emília, interior de Venâncio Aires, e estão juntos há 13 anos. O sonho e a vontade de aumentar a família sempre foram desejos do casal, que, em 2018, decidiu ter o primeiro filho.

Após uma gestação muito complicada, quando Suiani foi diagnosticada com trombofilia e síndrome de Hellp, em 2019, no dia 23 de abril, o primeiro filho do casal veio ao mundo, com apenas 34 semanas. No entanto, o prematuro Fernando acabou falecendo no 4º dia de vida. “Eu queria muito, tinha tudo preparado para a chegada dele, mas Deus quis que ele não ficasse aqui”, lamenta Suiani.

Após passar pela dor da perda de Fernando, ela não pensava em ter outro filho no momento, pois o medo de passar pelo trauma novamente era o maior empecilho. A força, o incentivo e a atenção da família foram fundamentais para o casal conseguir superar a perda do primogênito. “Eles me passaram segurança, é muito bom olhar para o lado e ter com quem contar nos momentos difíceis. Com isso, senti segura em engravidar de novo. Não dei colo e não vivi muitas coisas com o Fernando, eu queria viver muito isso e por isso decidi engravidar novamente”, relembra a mãe.

Ela passou por vários exames e descobriu que era possível engravidar novamente. Em 2020, veio a notícia que o segundo filho estava a caminho. Como Suiani havia sido diagnosticada com trombofilia, era necessário aplicar um anticoagulante chamado Enoxaparina todos os dias na gestação. As injeções eram feitas pelo marido. “Foram mais de 300 doses”, lembra.

Lucas, agora com três anos, nasceu no dia 2 de janeiro de 2021, no Hospital Santa Cruz, em Santa Cruz do Sul.

Depois de dois anos, a filha mais nova estava a caminho. “A gestação foi muito conturbada. Tive o uso de medicação todos os dias, não apenas do anticoagulante, mas também insulina, de até três vezes ao dia, para combater a diabetes. “Cheguei a perder 10 quilos durante a terceira gestação. Foi difícil e muito conturbada, mas o meu propósito era esse e por isso segui”, conta.

Carolina chegou no dia 22 de janeiro deste ano, também no Hospital Santa Cruz. A família dos avós Lori Maria Stülp Weber e Clécio Luiz Weber, que até então tinha cinco netos meninos, recebeu mais delicadeza e um mundo ficou cor-de-rosa.

“Eles são a alegria da casa, são a minha vida e representam tudo na nossa família”

SUIANI SANTOS DE OLIVEIRA
Professora

Rotina de volta

No início de agosto, Suiani encerra seu período de licença-maternidade e volta sua rotina nas escolas. Ela é professora dos anos finais de Língua Portuguesa e Língua Espanhola, nas escolas estaduais de Ensino Fundamental Brígida do Nascimento e Nossa Senhora do Perpétuo Socorro. “Ainda estou me preparando para voltar, no início vou sentir muita falta dos meus filhos, mas depois acostuma”, comenta.

Saiba mais

A síndrome Hellp (hemólise, enzimas hepáticas elevadas, baixa contagem de plaquetas) se desenvolve normalmente antes da 37ª semana de gravidez, mas pode ocorrer logo após o parto. Muitas mulheres são diagnosticadas com pré-eclâmpsia anteriormente. Os sintomas incluem náuseas, dor de cabeça, dor de barriga e inchaço. O tratamento geralmente requer o parto, mesmo que o bebê seja prematuro.



Júlia Brandenburg

Júlia Brandenburg

Acadêmica do curso de Jornalismo na Universidade de Santa Cruz do Sul

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