Diretoria da Caciva quer ações para solucionar enchentes e alagamentos em Venâncio Aires

-

Na manhã desta quarta-feira, 12, integrantes da Câmara de Comércio, Indústria e Serviços de Venâncio Aires (Caciva) se reuniram com lideranças municipais na Prefeitura de Venâncio Aires, em busca de soluções e ações práticas para os problemas de enchentes e alagamentos vividos por moradores e empresários da parte baixa da cidade. Na última enchente do arroio Castelhano, em maio do ano passado, foram inúmeros prejuízos, assim como os transtornos e perdas em alagamentos decorrentes de grandes volumes de chuva em curtos períodos, o que aconteceu no último dia 15 de fevereiro.

A vice-presidente da Indústria, da Caciva, Fabiana Bergamaschi, diz que a intenção do encontro foi cobrar e verificar o que está sendo feito pela Administração Municipal, a curto, médio e longo prazo. Ela evidencia que foram apresentados estudos, diagnósticos e apontamentos que estão sendo feitos pelo Executivo, e na prática, foi relatada a compra de materiais para ações imediatas e a busca de recursos com o Governo Federal para intervenções mais complexas. “Logo será um ano da grande enchente e agora são dois problemas, temos que drenar a cidade porque as consequências sempre acontecem na cidade baixa. Gostaria de um plano de ação com execuções de urgência”, afirma ela, que também integra uma comissão de empresários na região baixa e que exigem soluções imediatas.

Participaram da reunião também a presidente da Caciva Amanda Kappel; vice-presidente de Serviços, Emílio Jacobi Netto; e a diretora de Meio Ambiente, Vivian Resch. Receberam a comissão o prefeito Jarbas da Rosa e a vice-prefeita, Izaura Landim e os secretários municipais de Planejamento e Urbanismo, Deizimara Souza; de Governança, Tiago Quintana; e de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Turismo, Marcos Hüttmann. O engenheiro civil voluntário, Matheus Welter, que está trabalhando junto com a Prefeitura em levantamentos técnicos e possibilidades, também participou do momento.

Fabiana, que é sócia-diretora executiva da Venax Eletrodomésticos – uma das empresas localizadas na região baixa –, destacou ainda que vê as equipes da Prefeitura muito empenhadas e envolvidas, mas além de estudos e sugestões, espera ações práticas com prazos estabelecidos. “Equipes estão realizando os desassoreamentos nas sangas há 60 dias, sentimos que estão estudando para avançar, mas precisamos celeridade. A expectativa é que mais intervenções aconteçam nas próximas semanas”, completa. Caso não sejam feitas novas ações práticas, integrantes da diretoria da Caciva devem voltar a se reunir com o Executivo. “Estamos todos preocupados com a situação. Queremos ver as coisas acontecendo”, desabafa.

“Fui para escutar, também sou parte interessada como todos da região baixa. Queremos um cronograma de ações concretas para acompanhar.”
FABIANA BERGAMASCHI
Vice-diretora da indústria da Caciva e sócia-diretora executiva da Venax Eletrodomésticos

Segunda tubulação na Pedro Grunhauser é o mais urgente

Durante a reunião, equipes da Prefeitura de Venâncio Aires apresentaram aos integrantes da diretoria da Câmara de Comércio, Indústria e Serviços de Venâncio Aires (Caciva) as ações de um trabalho que é denominado como Plano de Macrodrenagem e Redução de Cheias da Região Baixa de Venâncio Aires. De acordo com o Executivo, está sendo feito um diagnóstico dos pontos mais críticos de alagamentos, sondagem de locais para verificação da canalização e estudo técnico de mapas, sangas e galerias pluviais. Além disso, a Administração Municipal apresentou proposta para obras de curto, médio e longo prazos com objetivo de minimizar danos nos próximos eventos climáticos.

O engenheiro civil voluntário, Mateus Welter, se uniu com a equipe técnica para um estudo e proposta de solução de drenagem imediata para a sanga do Arrozal, o trabalho foi debatido e apresentado com obras de curto prazo. “A obra mais urgente e até imediata que o Município deve fazer é a construção de uma segunda saída abaixo da rua Pedro Grunhauser, paralela com a tubulação atual de dois metros de diâmetro que existe ali. A tubulação complementar de 1,50 metro de diâmetro construída no início dos anos 2000 não foi levada até a sanga aberta, ela foi interligada no tubo de dois metros que já estava sobrecarregado. Portanto, é preciso fazer essa extensão até o trecho aberto da sanga, aumentando 56% a área da seção da tubulação de saída e minimizando os efeitos em qualquer chuva que alague a Sete de Setembro, a Visconde do Rio Branco e Reinaldo Schmaedecke”, garantiu ele durante a apresentação. Outra obra emergencial deve acontecer na esquina da Visconde do Rio Branco com a General Osório.

A presidente da Caciva, Amanda Kappel, destacou que o objetivo é integrar o órgão público com a classe empresarial em busca de soluções. “Todos nós temos perdido com as intempéries climáticas e a nossa intenção não é apenas cobrar, mas conhecer as informações e contribuir com o que for possível nesse momento”, ressalta.

Prestação de contas

Na oportunidade, o prefeito Jarbas da Rosa apresentou o trabalho que já vem sendo realizado visando a mitigação das cheias, como a limpeza contínua das bocas de lobo, três intervenções de desassoreamento e limpeza no arroio Castelhano, compra emergencial e substituição de sumidouros pequenos por maiores na região baixa, contratação de novo estudo hidrológico, alterações no Plano Diretor e o que a equipe chama de maior plano de desassoreamento da história do município, que iniciou desassoreando 17 quilômetros de sangas e arroios, em 42 pontos através do programa Desassorear RS. “Tudo isso é uma prestação de contas para a nossa sociedade do que estamos fazendo. Na verdade, nunca foi feito tanto em matéria de prevenção e controle de cheias, mas o crescimento desordenado nos últimos 50 anos e os eventos climáticos cada vez mais severos exigem medidas mais drásticas e definitivas”, ressaltou Jarbas da Rosa.

Outra ação que deve ser feita é o cadastramento de projeto de macrodrenagem no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) Seleções do Governo Federal. “Estamos finalizando os levantamentos do projeto, esse com execução de médio e longo prazo. São três pontos de substituição de canalização, macrodrenagem e repavimentação de ruas, totalizando quase 2,7 quilômetros de obras subterrâneas e investimentos avaliados em R$ 50 milhões”. O projeto deve ser cadastrado até 31 de março e o Governo Federal terá seis meses para retorno de análise das propostas para financiamento.

Fonte: Assessoria de Imprensa da Prefeitura



Luana Schweikart

Luana Schweikart

Jornalista formada pela Unisc - Universidade de Santa Cruz do Sul. Repórter do Jornal Folha do Mate e da Rádio Terra FM

Clique Aqui para ver o autor

Oferecido por Taboola

    

Destaques

Últimas

Exclusivo Assinantes

Template being used: /bitnami/wordpress/wp-content/plugins/td-cloud-library/wp_templates/tdb_view_single.php
error: Conteúdo protegido