Em Linha Travessa, moradores mantêm viva a tradição de decorar a rua para a Páscoa

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Os coelhos tomaram conta do bairro Travessa, e já é Páscoa naquela localidade. Quem passar pela rua Silvério Rüdiger, via que passa em frente à Escola do Chimarrão, vai se encantar com a decoração preparada pela comunidade. É tradição há pelo menos 25 anos entre os moradores enfeitarem o local, com coelhos, ovos, cenouras, frases, palavras e elementos coloridos que remetem à data, comemorada neste ano no domingo de 20 de abril.

A característica local remete a um lugar de turismo e cultura. Em especial, há pessoas que mantêm viva a identidade da localidade e zelam pelo espaço com carinho. Esse é o caso da professora aposentada Nilce Rüdiger, 71 anos. Natural de Linha 17 de Junho, no interior do município, ela fez morada em Travessa não apenas com sua residência, mas também com o coração, dedicando-se a preservar a história local, principalmente por meio da arte e da cultura. Há quase 50 anos, reside na propriedade localizada na frente da Escola do Chimarrão, junto do esposo Glauco Rüdiger, 73 anos.

Segundo Nilce, a ideia de enfeitar a rua surgiu no ano 2000, quando a localidade passou a ser reconhecida pelo turismo. As decorações para este ano começaram na semana passada. Cada família contribui com uma parte da ornamentação. Nilce é responsável pelas placas com palavras e frases, enquanto as estruturas dos coelhos são preparadas por sua vizinha, Leni Federhen e o esposo Jorge Federhen.

Em dezembro, a localidade também recebe decoração especial. É a vez dos pinheiros, das bolas de Natal e dos enfeites típicos da época natalina. Nilce confessa que essa é a data que mais a encanta, quando a rua ganha destaque com luzes. “As datas comemorativas contagiam as pessoas. É um tempo mágico. Um vizinho influencia o outro e todos entram no clima”, define.

Gruta da Nossa Senhora do Perpétuo Socorro também recebeu decoração (Foto: Júlia Brandenburg)

Nilce também foi professora na Escola Estadual de Ensino Fundamental (EEEF) Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, onde deixou marcas significativas. “A minha vocação é a educação artística. Também fui regente do coral da escola e criei um grupo de danças gaúchas. Pelas escolas por onde passei, deixei uma semente de arte”, orgulha-se.

“Queremos transmitir uma boa impressão do lugar, para que as pessoas guardem boas lembranças daqui. As crianças adoram, as famílias param para tirar fotos, e isso é muito significativo.”

NILCE RÜDIGER

Moradora de Travessa



Júlia Brandenburg

Júlia Brandenburg

Acadêmica do curso de Jornalismo na Universidade de Santa Cruz do Sul

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