Desde o dia 5 de junho, os alunos da Escola Estadual de Ensino Médio (EEEM) Mariante passaram a integrar a EEEM Adelina Isabela Konzen, de Vila Estância Nova, após as cheias do rio Taquari que destruíram parcialmente a estrutura e todo o patrimônio da escola, em maio. Quando houve a readequação na Adelina, eram 92 alunos, que foram integrados nas turmas do educandário de Estância Nova.
Atualmente, conforme a diretora da Escola Mariante, Naira Elisabeth da Rosa, são cerca de 50 alunos e apenas três turmas ativas separadas. “O número de alunos diminuiu porque as demais turmas foram diluídas na Adelina”, acrescenta. Assim, a Escola Mariante conta com apenas três turmas: 3º ano séries iniciais, 6º ano séries finais e ainda uma turma de Ensino Médio em tempo integral (1º ano).
O prédio em Vila Mariante segue abandonado, sem a limpeza do local. “Mas as pessoas estão voltando para Mariante. Já recebemos três pedidos de matrícula nas últimas semanas. No entanto, não há uma definição com relação ao futuro da escola, falta esclarecimento”, afirma a diretora da instituição de ensino.
Segundo o responsável pela 6ª Coordenadoria Regional da Educação (CRE), Luiz Ricardo Pinho de Moura, realmente não há uma definição com relação a reconstrução do educandário – seja em Mariante ou localidade próxima – ou a sequência na Escola Adelina. “Como há a possibilidade de um novo polo residencial em Estância Nova, caso haja a reconstrução da escola, provavelmente será nas proximidades deste novo local.”
Próximo ano
Até o momento, está definido que os alunos seguem na Escola Adelina até o fim deste ano letivo, mas, conforme Pinho de Moura, ainda não se avaliou a questão de acabar com a escola. “Ainda aguardamos, provavelmente o início do próximo ano letivo, para perceber se seguirá o número atual de alunos, diminuirá ou aumentará, para tomar uma decisão com relação ao educandário.”
Relembre
Em 21 de junho de 2022, o primeiro prédio da Escola Mariante foi interditado por problemas estruturais. Após todos os alunos serem transferidos para o segundo prédio do educandário, este foi interditado em 4 de julho, depois de complicações na rede elétrica e, com isso, todos os estudantes da escola passaram a ter aulas na modalidade Ensino a Distância (EAD).
Em 12 de setembro daquele ano, os estudantes passaram a ter aulas na Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc) campus de Venâncio Aires, que disponibilizou 10 salas, por meio de locação.
O prédio que foi interditado no dia 4 de julho, por problemas na rede elétrica, teve a reforma iniciada pela empresa Boa Vista Construções, de Erechim, em janeiro de 2023. O projeto de recuperação foi desenvolvido pela 6ª Coordenadoria Regional de Obras Públicas.
A escola chegou a ficar com as aulas interrompidas nas duas enchentes do rio Taquari em 2023, em setembro e novembro, mas retomou as atividades. No início deste ano, foi confirmada a implementação do Ensino Médio em tempo integral na escola.
Ainda em 2024, o educandário recebeu R$ 505 mil do Governo do Estado para melhorias no cercamento e reforma da rede hidráulica, obras que estavam em andamento quando a escola foi atingida pela enchente.