Jovem de Linha Bem Feita implementa unidade de observação da cultura da ervilha

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A ervilha já é conhecida na região, mas normalmente usada apenas para o consumo familiar. Agora, o intuito é utilizá-la com uma alternativa de renda para os agricultores e para as cooperativas de produtores rurais da região. Para viabilizar isso a Cooperativa Sicredi Vale do Rio Pardo criou o projeto ‘Cooperando com a Diversificação – Implantação de Unidades de Observação da Cultura da Ervilha’.

Um dos produtores rurais participantes da atividade é Diogo Rafael Fernandes Stumm, 18 anos, morador de Linha Bem Feita, no interior de Venâncio Aires. O jovem é filho dos também agricultores Eduardo Stumm e Leani Fernandes e está concluindo o curso técnico em Agricultura na Escola Família Agrícola de Santa Cruz do Sul (Efasc).

A oportunidade para ele participar surgiu de um convite feito pela Cooperativa dos Produtores de Venâncio Aires (Cooprova). Como a família gosta de inovar, acha importante a diversificação e constantemente busca alternativas mais sustentáveis para utilizar no trabalho com a agricultura, decidiu apostar na iniciativa.

“Na Efasc tínhamos uma área experimental, onde plantávamos coisas novas e fazíamos a rotação de culturas. Isso também me inspirou a apostar em produtos novos”, relata o jovem. A família tem como carro-chefe na propriedade o tabaco, mas também trabalha comercialmente com o plantio de milho.

Na ervilha, os moradores de Linha Bem Feita encontraram uma alternativa a mais para dar continuidade ao processo de diversificação. Também da Capital do Chimarrão, a jovem Suele Taís Keller, de Linha Antão, participa da iniciativa. Cada agricultor participante recebeu um quilo de ervilha para fazer o plantio experimental.

Oportunidades

Para o engenheiro agrônomo e extensionista rural da Unidade de Cooperativismo da Emater de Santa Cruz do Sul, Edson Paulo Mohr, que vai prestar assistência aos produtores rurais que participam da atividade promovida pela Sicredi, a realização desse projeto é uma oportunidade para produtores rurais e cooperativas do Vale do Rio Pardo apostarem na diversificação. “É um cultivo inovador quando pensamos na escala comercial, porque na produção para consumo próprio a ervilha já é conhecida na região”, explica.

Por se tratar de um alimento muito saudável, Mohr observa que o legume vem sendo considerado uma boa opção para integrar os cardápios da alimentação escolar por meio do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE). Outro possível mercado apontado por ele são as grandes empresas que procuram pela ervilha para a venda congelada.

“O objetivo é além de utilizá-la para o consumo, transformá-la em uma fonte de renda para as famílias e cooperativas”, destaca. O profissional também ressalta o incentivo à diversificação e o aproveitamento de lavouras na entressafra. “Nesse período de outono e inverno há muitas lavouras disponíveis”, acrescenta.

Um desafio apontado pelo engenheiro agrônomo da Emater tem relação com a colheita. “Hoje ela será feita manualmente, mas pensando na continuidade vamos precisar pesquisar para encontrar equipamentos que possam ser usados para diminuir a mão de obra”, comenta. O ciclo de produção da ervilha ofertada pelo projeto varia de 70 a 80 dias.

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