RETROSPECTIVA 2024: o ano da maior catástrofe climática da história do RS

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Retrospectiva 2024: o ano que ficará marcado pela maior catástrofe climática da história do Rio Grande do Sul.

Entre os dias 29 de abril e 6 de maio, a comunidade venâncio-airense viu bairros e distritos serem tomados pelas águas do arroio Castelhano e rio Taquari. Nos primeiros dias, o impacto foi na região baixa da cidade, enquanto que no decorrer daquela semana, a destruição do Taquari atingiu em cheio Vila Mariante e Estância Nova. Ao todo, 23 mil pessoas foram diretamente atingidas pelas enchentes, além de 520 empresas de diversos portes e segmentos.

A enxurrada interrompeu a ponte do rio Taquari, destruiu três trechos da RSC-287, suspendeu aulas, obrigou o cancelamento da Festa Nacional do Chimarrão (Fenachim), além de deslizamentos de terra e quedas de pontes na região serrana de Venâncio, prejuízos na agricultura e até mesmo falta de combustíveis nos postos e risco de desabastecimento. O Município decretou estado de Calamidade Pública.

Helicópteros e embarcações – grande parte delas, de voluntários – foram utilizadas para os resgates em Vila Mariante. Ainda assim, duas mortes foram contabilizadas em decorrência das águas do Taquari. Em Vila Mariante, 227 casas totalmente destruídas ou inabitáveis. Nos últimos meses, mais de 250 famílias foram contempladas com aluguel social, por terem tido as residências afetadas.

A Capital do Chimarrão chegou a contar com quatro abrigos coletivos – na Sercsate, no bairro Santa Tecla; na Comunidade em Linha Herval; da Comunidade Nossa Senhora de Lourdes, em Vila Estância Nova; e no ginásio de esportes de Linha Mangueirão –, com cerca de 500 abrigados no momento mais crítico. Para dar suporte aos atingidos, uma grande rede de solidariedade se formou, com doações, mutirões de limpeza, conserto de equipamentos e assistência de saúde. Os meses que seguiram foram marcados pela reconstrução. Em Vila Mariante, apesar da destruição, das dificuldades com infraestrutura e da maioria dos moradores não ter possibilidade de retornar, a principal empresa retomou as atividades. O Frigorífico Boi Gaúcho reiniciou as operações depois de 30 dias parado e prejuízo de cerca de R$ 30 milhões.

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