O governo do Estado revisou as previsões de vacinação da população gaúcha e, considerando o ritmo de imunização dos municípios e o anúncio de envio de doses pelo Ministério da Saúde, acredita ser possível imunizar toda a população a partir de 18 anos ainda durante o mês de agosto – a expectativa anterior era até 7 de setembro. A nova projeção resulta de estudos técnicos realizados pela Secretaria da Saúde (SES) e foi validada durante reunião do Gabinete de Crise na tarde de ontem, 4.
Em agosto, o Rio Grande do Sul projeta receber do Ministério da Saúde 1.703.000 doses de imunizantes da Pfizer, Astrazeneca e Coronavac para primeira e segunda doses. Esse quantitativo é suficiente para destinar primeiras doses para toda a população de até 18 anos, de acordo com a chefe da Divisão de Vigilância Epidemiológica do Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs), Tani Ranieri.
“Há uma excelência na vacinação no Rio Grande do Sul. O Ministério da Saúde divulgou um informe técnico que nos coloca na segunda posição [atrás do Acre] com o menor percentual ainda não vacinado de primeira dose no país, com 34%. Com a D2, o Rio Grande do Sul é o Estado que mais vacinou”, informa a secretária da Saúde, Arita Bergmann.
Na quarta-feira, 4, da população vacinável acima de 18 anos no Estado (8.958.689), 73,8% receberam ao menos uma dose ou a dose única da Janssen. Entre os residentes, 6.378.377 pessoas já receberam a primeira dose ou a dose única. Ainda falta vacinar 882.091 pessoas da faixa etária entre 18 e 39 anos.
Para que seja possível atingir a imunidade coletiva no Estado, Tani alerta que é necessário vacinar, no mínimo, 70% da população com as duas doses ou dose única, mas de forma homogênea entre municípios e idades. “O ideal é que o Estado atinja 90% de cobertura vacinal”, completa.
A secretária Arita reforça a necessidade de as gestões municipais realizarem busca ativa das pessoas que deixaram de se vacinar quando chegou sua vez. “Há uma disparidade grande na aplicação das vacinas entre os municípios, porque alguns evoluem por grupo etário sem que toda a população vacinável daquela faixa tenha sido imunizada. Não adianta acelerar até 18 anos se parte da população ficou para trás. É preciso olhar para frente de olho no retrovisor”, salienta.
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