Na noite de terça-feira, 24, dentro do campo do estádio Edmundo Feix, membros do conselho deliberativo e diretoria do Esporte Clube Guarani deram um dos passos mais importantes da história do clube. Por maioria, os conselheiros aprovaram o início das negociações com o Grupo Passarela, de Santa Catarina, para a venda da área onde está localizado o estádio Edmundo Feix. Em troca, o Guarani deve receber uma nova arena, no Parcão da Bela Vista.
Durante a reunião, os principais questionamentos dos conselheiros foram sobre as inundações que acontecem na região e como a empresa resolveria o problema (para não prejudicar os moradores), as garantias para o clube e, também, a nova estrutura que será construída no Parcão. Agora, o Grupo Passarela deve preparar um projeto prévio, tanto do Via Atacadista quanto do estádio, que será novamente analisado pelos membros do clube e do conselho.
Repercussão
O presidente do clube, Lúcio Rabuske, destacou que foi aprovada a continuação do negócio com o Grupo Passarela e que, agora, é o momento de elaboração dos projetos por parte da empresa. “Posteriormente, novamente vamos analisar e decidir sobre esse projeto. O conselho destacou questões como as enchentes, já foi comentado e houve a preocupação por parte do Grupo Passarela, então é um ponto essencial nas próximas decisões”, enfatizou o presidente.
O secretário municipal de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Turismo, Nelsoir Battisti, também participou da reunião com o objetivo de explicar o papel da Prefeitura na negociação e as obrigações que o Grupo Passarela terá após a finalização do contrato. “É um negócio entre o Grupo Passarela e o Esporte Clube Guarani, a Prefeitura apenas acompanha e recebe todos os investidores de braços abertos – ou seja, não fomos atrás. A Prefeitura está preocupada com as enchentes na região e, por isso, cobrará da empresa uma solução para que não prejudique os moradores da redondeza”, pontuou.
Segundo o secretário, o Guarani solicitou uma área para a construção do novo estádio e, com isso, foram disponibilizados alguns locais, em destaque o do Parcão, que, nesse momento, é o mais provável para receber a construção. “Um espaço dentro do Parcão, de aproximadamente o mesmo tamanho do Edmundo Feix, talvez até com a possibilidade de estacionamento e, quem sabe, um campo suplementar. Mas é uma negociação que terá seguimento a partir de agora”, disse.
Já o presidente do conselho deliberativo, Marcelo Garcia, o Cebola, afirmou que a reunião ocorreu dentro do esperado e com a aprovação por maioria. “Agora esperamos o projeto, tanto do estádio quanto do atacadão. Precisamos saber para tranquilizar a comunidade e não ocasionar problemas, esperamos ter também um representante da comunidade para comprovar que é um negócio sério e que não prejudicará ninguém”, concluiu.
Nas próximas semanas, o Grupo Passarela deve apresentar o primeiro esboço do projeto da nova arena do Guarani e, também, da construção do Via Atacadista, onde atualmente se localiza o Estádio Edmundo Feix.
15
foi o número de participantes na reunião, entre diretoria, conselheiros e o secretário Nelsoir Battisti
Oficialmente, o Esporte Clube Guarani tem 20 conselheiros eleitos. Contudo, dois pediram afastamento nos últimos meses e, com isso, são 18 conselheiros aptos a participar das decisões do clube. 12 estiveram presentes na reunião.
A história do Estádio Edmundo Feix:
- Foi inaugurado em março de 1958;
- A iluminação foi inaugurada em 12 de outubro de 1988;
- A capacidade do estádio é de 5,5 mil pessoas sentadas;
- O maior público da história foi na derrota do Guarani por 2 a 1 para o Internacional em 10 de outubro de 1991, com 5,5 mil pessoas;
- Atualmente, sofre com problemas estruturais e uma reforma teria orçamento projetado em R$ 1 milhão.
