A pandemia da Covid-19 fez muitas vítimas, porém, também existem histórias de superação e vitória. A de Lucas Antônio da Silva, 33 anos, é uma delas. O empresário ficou 37 dias internado no Hospital São Sebastião Mártir, sendo 22 dias intubado na UTI. Silva conseguiu vencer o vírus e fez uma tatuagem para simbolizar o fato. No mês de julho, tatuou no pulso: ‘Covid-19 Survivor’, que significa sobrevivente da Covid-19.
Tudo começou no dia 22 de maio, quando sentiu uma forte dor de cabeça, daquelas que se nota que algo não está certo. Com isso, o destino foi fazer o teste contra a Covid-19, que deu o resultado que ninguém quer ver. O positivo assustou Lucas e a família, mas até o momento o quadro não parecia ser tão grave.
O empresário teve os primeiros atendimentos na Unidade de Pronto Atendimento (UPA), mas pouco mais de uma semana depois, 50% dos seus pulmões estavam comprometidos e teve que ser transferido com urgência para o Hospital São Sebastião Mártir, já com o uso de oxigênio. Chegando no local, foi submetido ao tratamento com alto fluxo e ficou na posição prona, que é quando deitam o paciente de bruços, ajudando na respiração.
Após uma semana com a primeira tentativa de melhora, a evolução positiva não aconteceu, então Silva foi intubado, a única maneira que tinha para reverter o grave quadro de saúde que se encontrava. Ainda na UTI, os pulmões chegaram ao limite de 10% e os rins também pararam. Os médicos já não acreditavam na melhora do rapaz e comunicaram que a família fosse se despedir.
Nesse momento, a união da família foi fundamental. “Todas as tardes, meus familiares e amigos se reuniam para fazer uma corrente de oração por mim”, conta Silva. E depois da primeira tarde de orações, já no dia seguinte, o empresário apresentou a primeira melhora e assim seguiu, a partir de então seu quadro só evoluiu.
Contando 22 dias de intubação, Silva acordou. Prontamente, o médico Marcelo Fonseca, que realizou o procedimento atendeu o rapaz novamente e ele foi extubado. “Antes de me intubarem, falei para o médico que eu confiava nele, e ele não em decepcionou. Quando acordei, a primeira coisa que falei, ainda com dificuldade foi: eu sabia que podia confiar em ti”, lembra.
Depois de 72 horas, Silva foi para o quarto e aos poucos avançou na melhora do tratamento, contando com o auxílio de diversos profissionais como nutricionista e fonoaudióloga. “Passei a dar valor a pequenas coisas, como poder me alimentar, tomar banho e ir ao banheiro”, destaca. Silva, a todo momento contou com o apoio da família, principalmente dos pais, da esposa Fabiani, 36 anos, e do filho Miguel, 4 anos. Ainda com a ajuda de fisioterapia, o rapaz se recupera bem e comenta que agora tem muita história para contra, pois é um sobrevivente.
Tatuagem
Siva saiu do hospital no final de junho e pouco mais de um mês depois resolveu marcar na pele a guerra que venceu. “Tive a ideia de fazer uma tatuagem e então pesquisei ideias na internet”, explica. Silva encontrou uma tatuagem feita por um americano que dizia ‘Covid-19 Survivor’, ou seja, sobrevivente da Covid-19, e resolveu que essa seria a tatuagem.
Quem fez a ideia se tornar realidade na pele de Silva, foi o tatuador Luciano Costa. “Foi muito legal saber que ele estava bem e de volta, ainda mais que já éramos amigos. Fazer parte desse momento foi especial”, conta.
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