Agentes da Peva só atendem casos emergenciais e podem cortar visitas

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Foto: Alvaro Pegoraro / Folha do Matefamiliares de presos não conseguiram fazer a carteira que dá direito a visitas
Familiares de presos não conseguiram fazer a carteira que dá direito a visitas

Familiares de internos da Penitenciária Estadual de Venâncio Aires (Peva) deram, literalmente, com a cara na porta nesta terça-feira. Por conta da paralisação em virtude do parcelamento dos salários dos servidores públicos e da votação do pacote do Piratini, os agentes penitenciários deixaram de atender as pessoas que pretendiam fazer a carteira e se cadastrar para ter direito de realizar visitas. E dependendo do que for aprovado na Assembleia Legislativa, as visitas também serão suspensas, assim como outros serviços.Oficialmente, os agentes penitenciários estão em greve e só atendem casos emergenciais. Está mantida a alimentação, atendimento médico, hospitalar e alvarás de soltura. Porém, seguindo orientação do sindicato da categoria – a Amapergs -, o efetivo usado é o mínimo previsto em Lei, ou seja, 30% do necessário.Ontem, depois de despachar um grupo de mulheres que pretendia fazer a carteira de visitas, alguns agentes penitenciários foram a Porto Alegre acompanhar a votação do denominado ‘Pacotão do Sartori’. As mudanças previstas pelo atual governo atingem diversas categorias e está sendo motivo de muita discussão.Para os agentes penitenciários, as principais mudanças se referem ao regime de plantão, o aumento da carga horária, a maior contribuição à previdência e os parcelamentos dos salários.Mas as manifestações não ficam por aí. Na manhã desta quarta-feira, um grupo de familiares de apenados se mobiliza para fazer um protesto em frente à Peva. A informação foi repassada pela esposa de um preso, no fim da tarde desta terça.

PREJUíZOSO maior dos prejuízos deste pacotão, observam os agentes, é a mudança no regime de plantão. Hoje, quase que a totalidade dos servidores reside em outros municípios. Assim, definem sua escala, trabalham e retornam para suas casas.Com a mudança proposta pelo governador José Ivo Sartori, os plantões passarão das atuais 24 horas para 8 horas. “E como é que faremos? A maioria de nós é de outra cidade e então teremos que nos mudar para cá e quem vai pagar esta conta”, questionam os agentes. Outra reclamação é do aumento da contribuição providenciaria e a proposta de parcelamento do 13º salário. Segundo os servidores, o Governo acena com R$ 1.200 no começo de 2017 e o restante em suaves parcelas, até novembro que vem. Uma mudança que atinge toda a classe do funcionalismo público e que está sendo motivo de paralisações e protestos em diversos setores. A Polícia Civil, por exemplo, também só atende casos graves.



Alvaro Pegoraro

Alvaro Pegoraro

Atua na redação do jornal Folha do Mate desde 1990, sendo responsável pela editoria de polícia. Participa diariamente no programa Chimarrão com Notícias, com intervenções na área da segurança pública e trânsito.

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