Blocos dão o tom do pré-Carnaval

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Foto: Cristiano Wildner / Folha do Mate Bloco Me Gela é da nova geração. Ele existe há dois
Bloco Me Gela é da nova geração. Ele existe há dois

Os primeiros sinais do Carnaval na cidade e no interior são dados pelos blocos. A tradição é mais consistente no interior que anualmente, por meio de sua associação carnavalesca, promove uma série de bailes de salão antes, durante e depois da folia. Já na cidade o número dos blocos diminuiu, mas mesmo assim a alegria e a diversão dos foliões permanece sendo uma garantia. As músicas em 2018 variam muito. Hoje elas vão desde das tradicionais marchinhas a Pabllo Vittar. Embaladas por muita batucada, pessoas com flores, brilhos, chapéus e outras fantasias, os blocos dão o colorido antes das escolas de samba tomarem as atenções nas noite de sábado e segunda-feira.

O secretário de Cultura e Esportes de Venâncio Aires, Saul Zart, diz que sempre teve grande admiração pelos blocos por conseguirem fortalecer ainda mais a festa mais tradicional do país. “Os blocos e as escolas de samba conseguem, todos a sua maneira, garantir um maior engajamento da comunidade”.

Ele argumenta que escolas de samba e blocos são importantes manifestações culturais e que, acima de tudo, contribuem para movimentar a economia local. “Tivemos uma certa diminuição no número de integrantes das escolas de samba e também no número de blocos de Carnaval na cidade. Mesmo estando mais vulneráveis, elas favorecem e movimentam o comércio local, em um período de sazonalidade provocado pelas férias”.

Para ele, algo que pode ser incentivado é a incorporação dos blocos pelas escolas de samba. Algumas das causas apontadas por ele pela diminuição dos blocos é a crescente no turismo nacional, a facilidade de locomoção ao litoral e mesmo o aumento na fiscalização aos blocos. “Blocos como Gela Goela, Ki-Panela e Turma do Funil entre outros eram muito tradicionais, mas com o tempo acabaram virando grupos de amigos”, observa o secretário.

GQ’s diversos

Foto: Cristiano Wildner / Folha do Mate Blocos garantem, também, movimento do comércio local em um período de férias
Blocos garantem, também, movimento do comércio local em um período de férias

Enquanto uns deixaram de ter o seu “QG” – Quartel General -, outros surgiram para engrossar a festa de pré-Carnaval e, com isso, contribuir de forma natural com a economia da cidade. Esse é o caso do ‘Me Gela’ que existe há dois anos e reúne cerca de 30 integrantes. Apenas para estruturar a sede foram investidos mais de R$ 3 mil. “Bebidas, alimentação e aluguel da sala foram as necessidades iniciais. Mas até o fim do Carnaval, devemos investir ainda mais na nossa festa”, informa o vice-presidente do bloco, Rodrigo da Rosa, 22 anos. A média de idade dos integrantes é de 21 anos.

Foto: Cristiano Wildner / Folha do Mate Bloco So

Um bloco antigo que resiste às mudanças dos tempos é o So’ Brahmus. Ele existe há oito anos, mas os seus integrantes já participavam antes disso de outros grupos. Um dos foliões é Vinicius Greiner, 26 anos. “O Carnaval é um momento único para nós e por isso esse grupo segue se reunindo todos os anos. Muitas vezes ao longo do ano falta tempo para nos visitarmos”. Ele informa ainda que manter esse laço garante a próxima geração seguir mesmo vínculo de amizade. O bloco possui uma infraestrutura considerável em seu QG: churrasqueira, cozinha, banheiro, cadeiras e mesas.

 

Carnaval no interior

Associação Carnavalesca do Interior de Venâncio Aires (Aciva) movimenta sete blocos que promovem eventos até o dia 17, no Departamento Adulto, e até o dia 18, no Infantil. Segundo o presidente da Aciva, Jairo Bencke, muitos blocos já estão na segunda ou terceira geração. Ele cita como exemplo o bloco Imperadores da Folia, de Linha Cecília, que está em atividade há 45 anos.

“No interior, o Carnaval de Salão é incentivado desde criança. A maioria ingressa nos blocos infantis e depois seguem nos blocos adultos. A grande maioria dos integrantes são casais. Mas permanecem no grupo por ser da essência deles”, avalia Bencke. Ele cita que o Carnaval Infantil existe há mais de 30 anos. 

Foto: Cristiano Wildner / Folha do Mate Itamar Pereira, do So

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