Uma das tradições em diversas propriedades rurais, até muitos anos atrás, era a criação doméstica de perus para alimentação, que incluía as carnes e os ovos para a subsistência familiar. Atualmente, a ave está presente em poucas propriedades e algumas famílias estão novamente investindo na criação, mantendo assim, uma das criações mais tradicionais dos antepassados.
É o caso do casal Érico e Marli Toillier, de Linha Tangerinas, que cria a ave consorciada com outros espécies como galinhas d´angola, patos, galinhas, coelhos, cabritos, gado, suínos, entre outras. “Os perus são poucos exemplares, mas os criamos como um hobby, pois o colorido de suas plumagens enfeitam o pátio”, observa Toillier. Ele acrescenta que algumas das outras espécies são para a subsistência alimentar.
O casal começou a criar perus há poucos anos, porém, salienta que não é fácil criá-los pois nos primeiros meses de vida, até o sexto mês, pelo menos, os ‘peruzinhos’ são expostos a doenças por serem frágeis e vulneráveis no que diz respeito à exposição ao tempo como a chuva, vento, frio, calor, sol, geada, mormaço, umidade, entre outros fatores.
Depois disto, observa Toillier, são muito fáceis de criar e, mesmo sendo rústicos, também são dóceis e são sinaleiros pois fazem muito barulho quando percebem a presença de alguém no pátio.
Além disso, por serem rústicos, as fêmeas fazem os ninhos nos lugares mais inóspitos, às vezes, até de difícil acesso. “As fêmeas sempre protegem o ninho mesmo quando há a ameça de algum predador e nunca saem de perto dele”, frisa Toillier, observando que os ovos são em torno de 20% maiores que os das galinhas.
CARACTERÍSTICAS
Conforme o site ‘O Portal dos Animais’, os perus são parecidos com o faisão e o pavão. Assim como o pavão, levanta e abre suas plumas da cauda para fazer charme, literalmente, já que é assim que corteja a fêmea, além de fazer um som característico em conjunto com esse ato, que escrito ficaria mais ou menos: “plu plu plu!”.
Se o cortejo funcionar e atrair a fêmea, a nova mamãe protetora colocará cerca de oito a quinze ovos que depois de posto, demorará cerca de um mês para nascer novos perus e que logo, cerca de quatro meses depois, terão porte de um adulto pois seu crescimento é rápido.
Quando adultos eles podem acasalar e reproduzir com cerca de oito meses de idade; no caso da procriação da fêmea, de três em três meses; sua estimativa de vida é de, no máximo, dez anos.
Ainda segundo ‘O Portal dos Animais’, os perus andam e voam, vivendo de forma selvagem voam mais alto, mas domesticamente, voam em uma altura baixa e com pouca distância. A alimentação é a base de grãos, rações específicas, fruta, muita verdura e insetos.
Para um bom sistema imunológico é ideal que se alimentem bem. As verduras são a sua alimentação habitual e principal para eles, cerca de setenta porcento da alimentação total. É fundamental também que consumam quirera de milho.
“Como nós dois estamos aposentados, a criação de todas as espécies é um passatempo e nos mantêm em movimento durante o dia. É, também, uma terapia.”
ÉRICO TOILLIER
Agricultor familiar
