Em uma semana, Venâncio duplica notificações de casos de dengue

-

Neste ano, Venâncio Aires já registrou 16 casos de dengue (destes três são importados), e duas internações hospitalares, o que reforça a gravidade da doença. O bairro com maior evidência de casos é o Leopoldina.

De acordo com o Centro Estadual de Vigilância em Saúde, a dengue é a doença viral transmitida pelo mosquito Aedes aegypti que mais se espalha no mundo, o que justifica o dobro de notificações em uma semana no município. Classifica-se como notificado os pacientes com sintomas da doença e que procuraram atendimento no serviço de saúde. “Na semana passada eram 21 notificações, sendo que nesta semana estamos com 42”, afirma a enfermeira e coordenadora da Vigilância Epidemiológica de Venâncio Aires, Carla Lili Müller.

Os principais sintomas da dengue são febre alta de início abrupto, acompanhada de cefaleia, dor retro-orbital, dor abdominal, dor nas articulações, dor no corpo e manchas na pele, podendo ocorrer também sangramentos nasais e gengivais. Comorbidades também podem agravar a doença.

Conforme Carla, logo que se iniciam os sintomas da dengue, o paciente deve procurar atendimento médico, pois a evolução da doença é muito rápida. O tratamento se dá através de reposição hídrica, repouso, prescrição de exames, além de medicamentos para a febre e dor a critério do médico. Atualmente os exames que detectam a dengue são de antígeno (coletado até o 5º dia) e os de anticorpo (IgG e IgM) que são coletados a partir do 8º dia do início dos sintomas. O Sistema Único de Saúde fornece o exame de IgM para a detectação da doença. As coletas são enviadas ao Laboratório Central do Estado (Lacen).

60 ml por quilo

é a quantidade indicada de água que uma pessoa com diagnóstico para dengue deve ingerir.

Força-tarefa para eliminar o mosquito

Mesmo com a chegada das temperaturas mais amenas, também é preciso tomar cuidado com a doença. A alta proliferação do mosquito nessa época do ano se dá devido as chuvas dos últimos dias, que torna o ambiente favorável para o desenvolvimento das larvas.
A dengue é uma doença transmitida por vetor, ou seja, não transmite de pessoa para pessoa, como uma gripe ou a Covid, por exemplo.

De acordo com o coordenador da Vigilância Sanitária e Ambiental de Venâncio Aires, Gabriel Alves, o ovo do Aedes aegypti pode durar mais de um ano em locais secos, aguardando contato com com a água para eclodir. Por isso, deve-se haver a eliminação de criadouros, ou seja, locais que possam acumular água.

Segundo Alves, as vistorias, orientações e ações de conscientização sobre a eliminação dos criadouros do mosquito são feitas diariamente pelos agentes, no entanto o cuidado permanente deve ser de cada cidadão.

Outra medida de prevenção da dengue, é o uso de repelentes tópicos ou ambientais. Além dos repelentes usuais, que encontramos na farmácia e no mercado, também existem os naturais, que são indicados para aquelas pessoas que não podem utilizar produtos químicos. Porém, vale lembrar, que os naturais têm menor tempo de eficácia na pele, devendo ser utilizados com maior frequência.

A Folha do Mate teve acesso a fotos da Vigilância Sanitária e Ambiental de Venâncio, de situações que auxiliam na proliferação do mosquito da dengue (Crédito: Vigilância Sanitária e Ambiental)

Veja algumas dicas para evitar a proliferação do Aedes Aegypti:

-Recolher resíduos e pneus;
-Colocar areia ou terra em pratinhos de plantas;
-Vedar caixas de água e cisternas;
-Manter tratamento de piscinas;
-Limpar ralos e calhas;
-Manter vasos de quiosques fechados;
-Manter limpeza de terrenos com vegetação aparada;
-Cuidado com bromélias: borrifar 1 vez por semana solução de 1 litro de água e 1 colher de sopa de água sanitária.

Repelente caseiro de citronela

Este repelente é feito a partir do óleo essencial desta planta e possui citronelal, citronelol e geraniol na sua composição com propriedades inseticidas contra o mosquito da dengue, malária e febre amarela, além do pernilongo e da muriçoca.

O tempo de duração desse repelente é de 2 horas e pode causar irritação nos olhos ou alergia na pele e não deve ser usado por grávidas, crianças e por pessoas com pressão alta.

Ingredientes: 5 gotas de óleo essencial de citronela e 1 colher (de sopa) de óleo de côco ou óleo de semente de girassol.

Modo de preparo: Misturar os ingredientes e colocar em um recipiente com spray. Borrifar na pele, espalhando nas áreas expostas ao mosquito como braços e pernas. Evitar passar no rosto e lavar as mãos após a aplicação para evitar contato acidental com os olhos, boca e nariz.

A citronela também pode ser usada na forma de velas ou difusores no ambiente para afastar os mosquitos. (Fonte: Tua Saúde)

Cenário Epidemiológico no RS

Conforme dados divulgados pela Secretaria Estadual da Saúde, 435 municípios gaúchos estão caracterizados como infestados pela dengue, isto significa que o mosquito está de forma domiciliada, presente nas casas e comércio de quase todos municípios gaúchos (são 497 no total).

Na última semana, foi confirmada a primeira morte por dengue no Rio Grande do Sul. Trata-se de uma mulher, de 76 anos, residente em Chapada, no norte do Estado. O óbito ocorreu dia 9 de março, seis dias depois da paciente iniciar com sintomas.

Oferecido por Taboola

    

Destaques

Últimas

Exclusivo Assinantes

Template being used: /bitnami/wordpress/wp-content/plugins/td-cloud-library/wp_templates/tdb_view_single.php
error: Conteúdo protegido