Família de Marcelo Kist tem esperanças de encontrá-lo com vida

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Pegadas de um par de tênis são as pistas mais concretas e que alimentam as esperanças da família de Marcelo Luís Kist de encontrá-lo com vida. Ontem, pela manhã, o irmão Maico e o pai Afonso retornaram a Cambará do Sul para prosseguir com as buscas. O rapaz de 27 anos está desaparecido desde a tarde do dia 27 de julho, momentos após ingressar no Parque Nacional dos Aparados da Serra.Desde o sumiço, há 17 dias, Maico e seu pai não descansam. Neste período, retornaram duas vezes para a casa da família, no bairro Morsch para resolver problemas profissionais, pegaram roupas limpas e conversaram com familiares. O resto do tempo, passam à procura de Marcelo.Em casa, a mãe Terci Kist, 58 anos, aguarda ansiosa por notícias. Na semana passada, contou, teve uma hora de alegria. Uma informação repassada à polícia dizia que um rapaz tinha sido encontrado na cidade de Rio Grande. Ele estava sujo e não portava documentos.Por alguns instantes, pessoas que sabiam do sumiço de Marcelo afirmaram que era ele. Maico fez contatos com a polícia e enviou uma foto de Marcelo, acabando com o mistério. Não era ele.

CARTAZESPara facilitar nas buscas, Maico confeccionou um cartaz com uma foto de Marcelo, informações sobre o seu desaparecimento e o telefone 197, da Polícia Civil, para contato.Na primeira etapa, foram distribuídos 275 cartazes em toda a região de Cambará do Sul. Agora, Maico pretende colar cartazes com a foto do irmão em postos de combustíveis e estabelecimentos de beira de estrada. “Alguém que passa pode tê-lo visto e nos ajuda”, observa.Em entrevista à Folha do Mate, o rapaz de 29 anos revelou que tem esperanças de encontrar o irmão com vida. Na primeira semana em que realizaram buscas na mata fechada do Parque, ele, o pai e mais dois policiais encontraram e conversaram com uma índia.A mulher, que tem entre 50 e 60 anos, mora isolada, dentro do Parque. Maico conta que eles seguiam uma trilha, quando se depararam com a mulher de cabelos negros. Pediram informações e perguntaram se não tinha visto Marcelo, mostrando-lhe uma foto.Mas a índia ficou receosa e não respondeu aos questionamentos. Maico explicou que a mulher ficou assustada ao ver que eles empunhavam facões – para andar na mata fechada e se proteger de possíveis animais – e que um dos policiais estava armado. “Assim vocês vieram procurar ele?”, questionou. Maico vai retornar ao local, sozinho. Ele disse que o grupo não conseguiu chegar até o casebre onde a mulher mora, pois é uma área de difícil acesso. No entanto, garante ter visto a marca de um tênis que pode ser do seu irmão. “Talvez voltando lá sozinho a índia me ajude”, espera.Ele também referiu que, mensalmente, um filho da índia, que mora em uma cidade próxima, entra na mata para levar mantimentos que a mulher necessita. “O resto ela planta e colhe lá mesmo”, garante Maico. Ele tem esperanças de que a índia tenha visto ou saiba aonde seu irmão está.Uma das suspeitas dos familiares é de que Marcelo está com depressão e que tenha escolhido o Parque Nacional do Aparados da Serra para se isolar. E a confirmar a suspeita dos familiares, pode estar na companhia da índia, dentro da mata fechada.

ALPINISTAA família de Marcelo aguarda a liberação, por parte do diretor do Parque, para permitir que um alpinista profissional faça buscas na área onde ele desapareceu. Maico mantém contato com o alpinista, que fará as buscas gratuitamente.Marcelo sumiu na tarde do dia 27 de junho. Na noite anterior, ele viajou com sua moto de Venâncio Aires até lá. Chegou de madrugada e ligou para Maico, avisando que estava na entrada do Parque, aguardando ele abrir para entrar.A moto foi encontrada dentro do Parque. Próximo, foi localizada a sua mochila, que continha roupas, sua carteira e o seu telefone celular. Uma calça que ele usava foi encontrada em uma localidade próxima. Para a família, ele a sujou na moto e apenas a deixou naquele local.

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