Fumicultor está descontente com o rigor na classificação do tabaco

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Foto: álvaro Pegoraro / Folha do MateMesmo o fumicultor classificando o produto em casa, empresas rebaixam as classes na hora da compra
Mesmo o fumicultor classificando o produto em casa, empresas rebaixam as classes na hora da compra

Diariamente, os presidentes do Sindicato dos Trabalhadores Rurais Cláudio Fengler, e do Sindicato Rural Ornélio Sausen, recebem queixas dos fumicultores. Motivo: o rigor na classificação e a não compra dentro das classes pelas fumageiras. Além disso, os fumicultores se queixam do baixo preço praticado, que está muito aquém do que o tabaco realmente deveria valer.

Tanto Fengler quanto Sausen salientam que até o momento, o descontentamento é geral e que ainda não ouviram nenhum produtor satisfeito com a venda. Entre os motivos para o rigor na classificação, os dirigentes colocam que está o excesso de oferta da matéria-prima. Em função da quebra ocorrida na safra e da expectativa de novamente receber um valor diferenciado pelo produto, muitos agricultores amentaram a quantia que, aliada com o clima favorável, proporcionou uma safra cheia e, por consequência, excesso de oferta do produto.

Outro problema enfrentado é a questão do preço desuniforme, pois têm empresas que não estão praticando o índice de reajuste de 8,32% firmado pelas entidades representativas com a Souza Cruz e algumas ainda pagam até 7% a menos para as classes baixeiras e folhas mais finas, como é o caso das classes X e C. Morador de Santa Emília, Valdomiro Groff, enfrenta esta situação. Ele plantou 50 mil pés e tem a expectativa de colher 500 arrobas, das quais, já vendeu 300 do tabaco melhor e obteve uma média geral que varia entre R$ 100 a R$ 110 a arroba, valor bem abaixo da safra passada, quando ela foi de R$ 140 a arroba. Na quinta-feira, 6, ele vendeu 40 arrobas de baixeiro e obteve a média de R$ 70 arroba. “Este valor não paga a mão de obra e nem a lenha usada na cura e secagem do tabaco”, frisa, salientando que pagou R$ 100 por dia de mão de obra na colheita e que gastou em torno de cinco metros cúbicos de lenha para a cura e secagem. Ele acrescenta que na próxima safra, não colherá o baixeiro, seguindo a orientação da empresa à qual é integrado. Groff confirma que há muitos anos planta sempre a mesma quantia e que nesta safra não foi diferente.

 

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