Guloseimas com os dias contados nas escolas

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A comercialização de balas, pirulitos, biscoitos recheados, salgadinhos industrializados e frituras em geral está com os dias contados em instituições de ensino do Rio Grande do Sul. Depende apenas da sanção do governador José Ivo Sartori (MDB) para virar lei a proposta aprovada nesta terça-feira, 3, por unanimidade, na Assembleia Legislativa, que prevê proibição de vendas destes itens nas escolas gaúchas. A medida contempla todas instituições de Educação Infantil, Ensino Fundamental e Médio gaúchas, públicas ou privadas.

O projeto foi apresentado pelo deputado estadual Tiago Simon (MDB) e teve 48 votos favoráveis. O parlamentar, na justificativa da iniciativa, observa que Santa Catarina e Paraná são alguns exemplos de estados que aprovaram propostas semelhantes, em 2001 e 2005, respectivamente. Simon também argumenta que a obesidade é pode ser considerada um dos principais problemas de saúde infantil e que o Rio Grande do Sul é a unidade da Federação com maior prevalência de sobrepeso e obesidade em crianças e adolescentes.

Foto: Alvaro Pegoraro / Folha do MatePela proposta aprovada na Assembleia Legislativa, pastéis, refrigerantes, balas e chicletes não poderão ser comercializados nas escolas gaúchas
Pela proposta aprovada na Assembleia Legislativa, pastéis, refrigerantes, balas e chicletes não poderão ser comercializados nas escolas gaúchas

CONSCIENTIZAÇÃO

Secretária municipal de Educação, Joice Battisti Gassen assegura que as escolas de Venâncio Aires não têm bares ou cantinas, “pois não é autorizado”. Ela também lembra que os pais são orientados a não liberar as guloseimas para seus filhos, no sentido de conscientizar crianças e adolescentes em relação ao assunto. “Não temos como proibir a entrada dos produtos, mas de forma gera, as famílias compreendem e ajudam”, diz, acrescentando que a rede municipal tem nutricionista à disposição e que os cardápios são controlados.

A nutricionista responsável é Josiane Pacheco. Ela informa que “há tempo não contamos mais com espaços de venda destes produtos”. Também ressalta que o trabalho de orientação é constante para conscientizar pais e alunos acerca dos malefícios que as guloseimas podem gerar à saúde. “Proibir a entrada não podemos, mas estamos sempre monitorando as situações e, em alguns casos, levamos o conselho aos pais e alunos”, comenta. Josiane concorda que o percentual de crianças obesas vem aumentando e precisa ser estancado.

Conscientização também é a palavra utilizada por Luiz Ricardo Pinho de Moura, responsável pela 6ª Coordenadoria Regional de Educação (6ª CRE), para definir as ações educativas em relação ao assunto. Ele reforça que “os bares e cantinas não podem comercializar guloseimas e esta legislação vem para fortalecer esta determinação”. Moura salienta que as famílias são orientadas a priorizar os cardápios das escolas, controlados por nutricionistas e que valorizam alimentos da agricultura familiar. Sobre a entrada de guloseimas nas instituições de ensino, ele diz que “vedar a gente não pode, mas isso acontece cada vez menos”.

 -> Alimentos proibidos

Balas, pirulitos, gomas de mascar, biscoitos recheados.

Refrigerantes e sucos artificiais.

Salgadinhos industrializados.

Frituras em geral.

Pipoca industrializada.

Bebidas alcoólicas.

Alimentos industrializados cujo percentual de calorias provenientes de gordura saturada ultrapasse 10% das calorias totais.

Alimentos em cuja preparação seja utilizada gordura vegetal hidrogenada.

Alimentos industrializados com alto teor de sódio.



Carlos Dickow

Carlos Dickow

Jornalista, atua na redação integrada da Folha do Mate e Terra FM.

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