Manifestações contra a reforma da Previdência tomam fôlego em Venâncio Aires

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Foto: Juliana Bencke / Folha do MateApós protesto de servidores federais na terça-feira, Comitê Suprassindical organiza caminhada para a sexta-feira
Após protesto de servidores federais na terça-feira, Comitê Suprassindical organiza caminhada para a sexta-feira

Depois das manifestações do Comitê Suprassindical e do Centro de Professores do Estado do Rio Grande do Sul (Cpers/Sindicato), servidores do Instituto Federal Sul-rio-grandense (IFSul) campus Venâncio Aires foram às ruas, na terça-feira, 28, para protestar contra a reforma da Previdência. Por volta das 11h30min, eles bloquearam o trânsito na esquina das ruas Osvaldo Aranha e Jacob Becker, em intervalos de 65 segundos.

“Está difícil esperar 65 segundos? Imagine 65 anos”, dizia um dos cartazes do grupo, em alusão à idade mínima necessária para se aposentar, caso a reforma seja aprovada. A atividade integrou o Dia de Luta, convocado pelo Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasef). 

Segundo a representante do sindicato no IFSul Venâncio Aires, Ruti Angela Barbosa Oliveira, além do protesto no Centro, as aulas ocorreram em período reduzido, nos três turnos.

Queremos chamar atenção, pois muitas pessoas ainda não estão conscientes sobre os impactos da reforma na vida dos trabalhadores, tanto os públicos quanto os de empresas privadas.” Ruti Angela Barbosa Oliveira, servidora do IFSul.  

De acordo com Ruti, a ideia dos servidores federais é se aproximar do Comitê Suprassindical e unir forças contra a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 287/2016, que estabelece a reforma da Previdência. “Outra forma de protesto que estamos incentivando é entrar em contato com deputados, por e-mail, mostrando repúdio ao projeto e pedindo que não aprovem a reforma”, complementa.

Mobilização na sexta-feira

O Comitê Suprassindical realiza, nesta sexta-feira, 31, mais uma caminhada pela rua Osvaldo Aranha, com o objetivo de conversar com a comunidade sobre os reflexos das reformas Trabalhista e da Previdência. A concentração ocorre às 9h, na esquina com a rua 15 de novembro. “Queremos explicar os males das reformas e convidar a população para a mobilização no dia 8 de abril, no centro. A concentração será a partir das 8h30min, na Praça Henrique Bender, a Praça Evangélica”, afirma o presidente do Sindicatos dos Trabalhadores nas Indústrias do Calçado e Vestuário, João émerson Dutra de Campos.

 

Foto: Carlos Dickow / Folha do MateRepresentantes sindicais estiveram na Câmara de Vereadores na segunda-feira e explanaram sobre o movimento
Representantes sindicais estiveram na Câmara de Vereadores na segunda-feira e explanaram sobre o movimento

Presidentes de sindicatos convocam vereadores

Os presidentes dos sindicatos dos Trabalhadores nas Indústrias do Calçado e Vestuário, João émerson Dutra de Campos, e dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Civil e Mobiliário, Jandir da Silva, ocuparam a tribuna da Câmara de Vereadores na sessão de segunda-feira, 27, para reforçar a mobilização contra as reformas Trabalhista e da Previdência. Eles convocam vereadores e comunidade para a caminhada agendada para 8 de abril, sábado, pelas ruas centrais de Venâncio Aires.

Os dirigentes atacaram com veemência o governo do presidente Michel Temer (PMDB), afirmando que as ações da União têm prejudicado os trabalhadores e que as intenções do Governo Federal terão reflexos ainda piores para a categoria no que se refere à extinção de direitos adquiridos. “Estão reativando as senzalas e afiando as lâminas das guilhotinas, retomando os tempos da escravidão no Brasil”, disparou Jandir da Silva, que também não poupou críticas à aprovação recente da terceirização.

Campos lembrou que no dia 8 será entregue às autoridades que participarem da manifestação – já estão confirmados, segundo o dirigente, os deputados federais Assis Melo (PCdoB) e Dionilso Marcon (PT) – o abaixo-assinado contra as reformas. As assinaturas de venâncio-airenses estão sendo colhidas por integrantes do Comitê Suprassindical, que foi criado recentemente e mantém um QG na Praça da Matriz, das quartas-feiras aos sábados, para alertar a população sobre o prejuízo que as propostas podem trazer aos trabalhadores.

“Em relação à reforma da Previdência, o povo foi para as ruas e o governo recuou, mas precisamos ficar atentos, porque eles estão tentando passar a reforma Trabalhista na frente. Não entendemos esta voracidade do Governo Federal contra os trabalhadores. O Brasil não vai crescer com a retirada de direitos e mais dificuldade para a aposentadoria, além de jornada de trabalho de 12 horas e apenas 30 minutos para o almoço”, desabafou o presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias do Calçado e Vestuário.

 



Juliana Bencke

Juliana Bencke

Editora de Cadernos, responsável pela coordenação de cadernos especiais, revistas e demais conteúdos publicitários da Folha do Mate

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