Passagens de ônibus urbano já têm novo valor

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Foto: Kethlin Meurer / Folha do MateReajuste no valor da passagem do transporte coletivo urbano de Venâncio costuma ocorrer nesta época do ano
Reajuste no valor da passagem do transporte coletivo urbano de Venâncio costuma ocorrer nesta época do ano

Quem costuma andar de ônibus urbano em Venâncio Aires deve ter percebido uma diferença no valor da passagem nos últimos dias. Devido a um reajuste, o custo que antes era de R$ 3,20, passou, agora, para R$ 3,50.

Segundo a secretária-adjunta de Planejamento do município, Deizimara Souza, o levantamento dos gastos da empresa de ônibus ao longo do ano – que resulta nos novos valores – é sempre feito pelo Departamento de Trânsito e levado ao Conselho de Trânsito. O secretário de Administração, Leandro Pitsch, ressalta que o reajuste ocorre quando a empresa de transporte coletivo sente a necessidade de atualizar os preços em função do aumento no valor dos gastos que tem.

Em Santa Cruz do Sul, por exemplo, uma cidade com uma população superior a Venâncio, também terá um reajuste de R$ 3,50 no transporte coletivo urbano, que deve ocorrer em menos de 60 dias. Enquanto isso, o valor da passagem na referida cidade continua a ser R$ 3.

Foto: Kethlin Meurer / Folha do Mate.
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Na Capital Nacional do Chimarrão, o novo preço foi aplicado no dia 1º deste mês e as alterações nos custos do transporte urbano costumam ocorrer no município uma vez por ano e geralmente nesta época. No ano passado, a passagem era R$ 2,90 antes do reajuste. Com a alteração no fim do ano, o acréscimo registrado foi de 10,43%, o que teve como resultado os R$ 3,20. O percentual de aumento de 2015 é o mesmo que ocorreu neste ano.

De acordo com  o sócio-proprietário da empresa responsável pela prestação do serviço no município – a Chimatur Transportes Coletivos -, Adalberto Hamester, foi feita uma planilha de gastos em que o valor da passagem previsto resultou em R$ 3,52, mas a Prefeitura e a empresa resolveram ‘arredondá-lo’ para R$ 3,50.

INSUMOSNo reajuste, segundo Hamester, foi levado em consideração os insumos, como combustível, o aumento na quantidade de passageiros que não pagam passagem, bem como, a crise, já que cada vez mais as pessoas têm deixado de andar com o transporte coletivo.

Segundo ele, percebe-se que, desde 2008, o número de passageiros tem diminuído. Além disso, em relação ao ano passado, houve um aumento de 7% na quantia de idosos, deficientes, estudantes e outras pessoas que não precisam pagar as passagens. “Com isso, diminui o índice de passageiros por quilômetro rodado que paga e isso faz aumentar o valor da passagem”, complementa.

Garantia de um bom trabalhoHamester ressalta que, até o momento, as pessoas não chegaram a reclamar para a empresa sobre o novo valor, porque a maioria já está acostumada com um reajuste sempre nesta época do ano. “Nós não gostaríamos de aumentar, mas para garantirmos um bom desempenho da empresa, dos veículos e motoristas capacitados e ainda mantermos um bom equilíbrio econômico financeiro, o reajuste é necessário”, justifica.

O sócio-proprietário ainda comenta que nem sempre o percentual do aumento é o mesmo de um ano para outro, pois costuma variar: “Depende muito do reajuste dos insumos e do número de passageiros transportados”.

De novembro de 2015 a outubro deste ano, por exemplo, a empresa transportou na região urbana de Venâncio Aires 722.697 mil passageiros. Deste número, 125.657 mil pessoas não precisaram pagar as passagens. Também neste período, foram percorridos, na área urbana, mais de 470 mil quilômetros e utilizados 12 veículos da empresa Chimatur.

PESO NO BOLSOA auxiliar de cozinha, Tainá Rodrigues, 17 anos, utiliza, há três meses, o transporte coletivo urbano de segunda a sexta-feira para ir trabalhar. A jovem considerou o novo reajuste muito alto: “é caro, porque eu ando de ônibus todos os dias. O preço que estava, R$ 3,20, era bom”. Tainá conta que o novo valor tem gerado comentário e muitas reclamações no ônibus: “As pessoas estão reclamando. Não gostaram muito”.

Ana Paula Dreissig, metalúrgica, 30 anos, anda de ônibus duas vezes por semana. Sem carro e carteira de habilitação, Ana encontrou nesse tipo de transporte uma forma de se locomover da própria casa – que fica no bairro Bela Vista – para o centro. “Como não ando de ônibus todos os dias, eu não vejo uma diferença tão grande no aumento, mas para as pessoas que andam mais de ônibus, deve pesar no fim do mês”, opina.

Foto: Kethlin Meurer / Folha do MateTainá utiliza o transporte coletivo urbano de segunda a sexta-feira e acredita que o valor da passagem deveria ter ficado em R$ 3,20
Tainá utiliza o transporte coletivo urbano de segunda a sexta-feira e acredita que o valor da passagem deveria ter ficado em R$ 3,20
Foto: Kethlin Meurer / Folha do MateComo Ana Paula não tem carro e nem carteira de habilitação, é no ônibus que ela encontra uma forma de se locomover de um lugar até outro na cidade
Como Ana Paula não tem carro e nem carteira de habilitação, é no ônibus que ela encontra uma forma de se locomover de um lugar até outro na cidade

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