O Corpo de Bombeiros Militar (CBM) trabalha diariamente, durante todos os 365 dias do ano, atendendo as mais variadas ocorrências, nos mais diversos locais. Mas se perguntar para alguém qual é a principal atribuição da instituição, certamente a resposta será o combate a incêndios. E em nossa região, onde o cultivo do tabaco é uma das principais culturas e fonte de renda, as atenções são redobradas a cada safra.
Entre os dias 29 de outubro de 2019 e 25 de abril deste ano, o CBM atendeu 16 queimas de estufa no município. Foram três atendimentos a mais que na safra anterior e seis a menos que na safra 2017/18. Desde que os bombeiros fazem esta estatística na Capital do Chimarrão (safra 1999/2000), o maior número de atendimentos foi na safra 2003/04, com 58 casos; e o menor, na safra 2015/16, com dez atendimentos.
Este ano, até a tarde de ontem, 2, os bombeiros haviam atendido duas queimas de estufa. Ambas tiveram perda total, o que acontece com a maioria das estufas, devido as distâncias e as condições que são usadas na curagem das folhas do tabaco.
Prevenção
Diz um ditado do CBM que “o incêndio acontece onde a prevenção falha”. Pensando nisso, o tenente Luciano Machado Morais dá algumas dicas de como evitar que o fogo destrua a safra, estufa, casa, galpão ou outros bens. “Cuidados que podem evitar tragédias”, salienta.
O comandante do grupamento de Venâncio Aires ressalta que as precauções com a secagem do tabaco e a conscientização das pessoas são fatores fundamentais que evitam focos de incêndio. “Na estufa há detalhes a serem observados, mas na natureza, o simples fato de jogar um cigarro aceso ou mesmo um caco de vidro na vegetação, podem ser o estopim para um grande incêndio”, explica.
Falando especificamente das estufas, o tenente Morais observa que os cuidados com as temperaturas e a colocação de telas de proteção sobre a tubulação, na parte interna das estufas, são imprescindíveis.”Principalmente durante a noite, quando acontece a maioria dos sinistros, a atenção deve ser redobrada”, aconselha.
Vegetação
Outra preocupação do comandante, principalmente nesta época onde as temperaturas estão se elevando, é quanto ao fogo na vegetação. Ele cita que no final do ano passado e começo deste ano, diversas ocorrências foram atendidas e, em algumas, casas e galpões correram sérios riscos de serem atingidos. “Conseguimos evitar algumas tragédias, mas nem sempre é possível”, diz.
O tenente se refere a algumas queimas que poderiam ter sido evitadas. “As pessoas colocam fogo em galhos ou lixo e muitas vezes perdem o controle e as chamas atingem a vegetação, tomando proporções maiores”. Por isso, avisa, isso deve ser evitado.