Domingo para eleger os representantes municipais em Mato Leitão

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Neste domingo, 15, os 3.858 eleitores de Mato Leitão irão às urnas para eleger os representantes municipais para os próximos quatro anos. Neste ano, a eleição para a Prefeitura é inédita, com apenas uma chapa concorrendo. Entretanto, além do voto para prefeito e vice, os moradores da Cidade das Orquídeas elegerão nove vereadores de um total de 43 candidatos.

Um processo eleitoral sempre conta com o trabalho de muitas mãos. Além dos candidatos, também protagonizam este momento, os eleitores e todas as pessoas envolvidas na organização dos espaços de votação. Entre elas, estão os mesários. Função, essa, exercida pelo servidor público Márcio Henrique Heissler, 39 anos. Este ano, ele chega ao décimo pleito ocupando o cargo.

O morador do Centro de Mato Leitão foi convocado para atuar como mesário pela primeira vez em 1998. No entanto, neste primeiro ano, foi dispensado. Em 2000, quando ocorreu uma eleição municipal, foi a primeira vez que, de fato, ele exerceu a função. Na época, estava iniciando o processo de uso de urnas eletrônicas.

“O sistema eleitoral sofreu diversas alterações durante esses anos. Desde o sistema manual com cédula até o sistema de biometria que tivemos nas últimas eleições”, comenta. Há 14 anos, o servidor público é presidente da seção 101, localizada no Colégio Estadual Poncho Verde.

Segundo Heissler, a rotina do mesário no dia da eleição começa bem cedo, normalmente antes das 7h. Entre as primeiras atividades realizadas no local da votação está verificar se há energia no prédio e ligar os equipamentos. Além disso, é preciso organizar a sala onde a seção funciona, montar as cabines e conferir se elas estão em um local seguro. Também é preciso gerar os resultados para serem enviados para o cartório. “Todos os mesários colaboram. A função do presidente é liderar a equipe”, observa.

“Ser mesário é uma contribuição para a sociedade. É um serviço prestado para a democracia. O voluntariado precisa existir para que a sociedade continue funcionando.”

MÁRCIO HENRIQUE HEISSLER – Servidor público

Para Heissler, que já atuou como mesário em eleições municipais e federais, as diferenças entre esses dois pleitos são o número de representantes para votar, no caso do pleito estadual e nacional, são mais cargos eletivos, o que causa confusão para algumas pessoas. Já no municipal, ele observa que há mais tumulto e é necessário haver mais fiscalização. “Para o pleito deste ano, a novidade fica por conta dos cuidados sanitários devido à pandemia. É uma situação diferente da qual se era acostumado”, avalia.

“O voto é a essência da democracia”

Neste ano, o estudante Thiago Ellert Pilz, 18 anos, vai votar pela primeira em uma eleição municipal. Contudo, essa não é a primeira experiência do jovem, que, em 2018, quando tinha 16 anos, participou da eleição federal. Thiago conta que decidiu fazer o título e votar pela primeira vez há dois anos, mesmo isso não sendo obrigatório, porque sempre se interessou pelos assuntos relacionados à política, principalmente no âmbito internacional. “Acho importante as novas gerações participarem”, destaca.

Thiago Pilz é um dos jovens que votará pela primeira vez em uma eleição municipal Foto: Taís Fortes/Folha do Mate)

Ele acredita que os jovens tenham pensamentos diferentes a respeito de alguns assuntos e, por isso, é importante ter essa voz e, assim, participem da democracia. Para ele, quando a cidade é pequena o voto é ainda mais importante. Nesse sentido, ele menciona que as eleições federais abordam temas mais gerais, que afetam o Brasil como um todo. Já as municipais são mais voltadas às atividades do dia a dia. “São decisões menores, mas que impactam mais rápido e de forma mais direta as nossas vidas”, salienta.

Para o pleito deste ano, o estudante está ansioso, pois acredita que o mundo inteiro está vivendo um momento no qual a política está sendo muito importante. Justamente por acreditar na relevância da participação das novas gerações, neste ano, o jovem aproveitou para conversar com amigos no sentido de estimular que eles tenham consciência na hora de escolher os representantes. “É importante conhecer as propostas, procurar alguém com que se identifique e conversar com os pais ou pessoas mais experientes”, cita.

Para Thiago, o voto é um direito e um dever. “O voto é a essência da democracia”, ressalta. Nesse sentido, ele comenta que, no Brasil, se lutou muito para se conseguir votar, por isso é importante valorizar isso e usar a nosso favor. Além disso, ele destaca que a democracia atende a maioria, mas também dá voz para a minoria e aos assuntos que importam para cada pessoa.

A incerteza do voto em razão da pandemia

Apesar de já não integrarem mais o grupo que obrigatoriamente precisa votar, em razão da idade, Alfredo Roque Petter, 79 anos, e Maria Rosicler Petter, 72 anos, sempre participaram das eleições. “Não é uma obrigação, mas achamos importante participar”, relata Maria.

Mesmo depois de ter mais de 70 anos, Alfredo e Maria Petter sempre participaram das eleições Foto: Taís Fortes/Folha do Mate)

Contudo, neste ano, por causa da pandemia do coronavírus, os moradores do Centro de Mato Leitão ainda não decidiram se vão votar na eleição municipal. “Se não fosse isso, com certeza, iríamos. A saúde em primeiro lugar”, observa Alfredo. O casal conta que só participará do pleito se sentir seguro. Isso porque, desde março, está cumprindo o isolamento e não frequenta espaços públicos, como mercados, fruteiras e as missas.

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