Incentivados pelas integradoras e pelas entidades representativas, nos últimos anos, os produtores adotaram técnicas e práticas vegetativas que ajudam a preservar o solo. Entre as principais estão o manejo de plantas de coberturas, adubação verde, a construção de terraços em nível, formação de camalhões em nível, cultivo mínimo e roçadas e correção de acidez, entre outras. As práticas também foram implementadas de forma mecanizada com o plantio direto.
Os resultados são consequência do trabalho iniciado em 2007 pelo escritório municipal da Emater/RS-Ascar em parceria com algumas fumageiras, envolvendo quatro fumicultores, e um deles que até então vinha utilizando estas práticas conservacionistas de solo no tabaco e cobertura verde, ou seja, o manejo de palhada. Segundo o chefe do escritório, Vicente Fin, 60% das áreas hoje, têm manejo conservacionista e a maioria delas com palhada.
Faz em torno de 15 anos que o produtor, Hélio Pacheco, morador de Linha Arroio Grande, adotou as práticas vegetativas na produção de tabaco, sendo um dos fumicultores pioneiros no município. Ele afirma que o interesse surgiu a partir do momento em que num programa de rádio, os técnicos do escritório municipal da Emater/RS/-Ascar falaram da importância e das vantagens deste sistema. Começou por conta e isto chamou a atenção da fumageira a qual é integrado, e a partir de seu interesse, recebeu o apoio e as orientações técnicas, pois a própria fumageira tinha o programa e o estava difundindo entre os demais integrados.
Para Pacheco, uma cobertura morta de palha seca é o ideal para a proteção do solo, pois ela conserva mais a umidade na época de estiagem, e, de uma safra para outra, deixa resíduos de adubação orgânica.
