Depois de intensas reuniões com as empresas fumageiras, a Comissão Representativa dos Fumicultores encerrou as negociações sobre o preço do produto pago ao

produtor. “Devido a satisfação dos produtores com a atual comercialização, não adianta martelar em cima do preço”, enfatiza o presidente da Associação de Fumicultores do Brasil (Afubra), Benício Albano Werner.
Segundo ele, é chegada a hora de já trabalhar em prol da safra 2016/17. “O que precisamos trabalhar é já pela próxima safra, inclusive com levantamentos junto aos produtores com dados como tempo de preparação dos canteiros, tempo de poda, de preparação do solo, são dados que precisamos rever, pois a tecnologia avançou muito desde a última pesquisa de coeficientes técnicos feita em 2007”, explica Werner.
Estabilização da produção
O presidente da entidade também adianta que é preciso cautela, por parte dos produtores, para projetarem a próxima safra. “Temos uma estabilização com a produção do tabaco. Neste ano, com 35% acima do preço médio do ano passado, quando os fumicultores receberam R$ 7,31 para o quilo do fumo virgínia, nesta safra devemos passar dos R$ 9, 80; então temos que segurar um pouco a empolgação do produtor, pois não sabemos se no ano que vem vai ser a mesma coisa.”
Werner enfatiza que não se pode aumentar a área de cultivo, podendo resultar em superoferta. “Não vejo problema quanto a área que estamos cultivando, agora não podemos aumentá-la, podemos ter uma safra cheia no ano que vem e ter o problema de preço como tínhamos há duas safras, com a superoferta. A oferta e demanda é importante ser observada, e nós como lideranças temos condições de acompanhar produtores, o mercado, outros países e temos que levar isso ao produtor para apenas sensibilizá-lo, pois a propriedade é dele e é gerenciada por ele, que precisa manter a família.”