Com o avanço da tecnologia e pesquisa, existem muitos métodos para prevenir que a cadela entre no cio. Qual o que você utiliza? O primeiro ciclo de cio ocorre de acordo com a raça
e genética da fêmea, tendo uma variação individual.
Segundo o médico veterinário Luciano Frozza, os métodos contraceptivos mais utilizados são os injetáveis, a base de progestágenos, “mas para serem eficazes devem ser utilizados a cada seis meses para coibirem o cio”, explica. Apesar de ser barato, é um fator predisponente para o aparecimento de câncer, segundo o profissional, seja de mama, útero ou ovário. Outro método, descrito como eficaz por Frozza, é a castração, que compreende na retirada só dos ovários ou do útero também. “Em nossa rotina optamos pela técnica de ovariohisterctomia, onde se retira o útero e os ovários. Não vejo motivo algum para manter o útero em uma fêmea castrada, apenas aumenta o risco de uma infecção de útero no futuro e consequentemente nova cirurgia”, explica.
O médico veterinário, ainda faz um comparativo sobre as castrações diante das aplicações de contraceptivos, na clínica em que é proprietário, a relação é de 100 em 1, ou sejam, a cada 100 castrações, é aplicada apenas uma injeção de anticoncepcional. “As estatísticas mostram que fêmeas castradas antes do primeiro cio, a chance nelas de desenvolver câncer de mama é de apenas 0,5 %, aumentando o risco de tumores de mama a cada novo cio”, diz. Ou seja, segundo ele, não existem motivos para esperar a castração. “Essas informações passamos para nossos clientes que normalmente optam por castrar as fêmeas, ante usar contraceptivos.”
Em relação a novos métodos, o profissional explica que existem projetos de estudos, um deles é referente a uma vacina em dose única para inibição do cio, mas sem previsão para estar disponível no mercado.
Por que castrar um cão?De acordo com o médico veterinário, a castração é a melhor alternativa para aqueles proprietários que não querem seus pets em reprodução, além de doenças na terceira idade, originários do efeito dos hormônios sexuais.
Fêmas devem ser castradas a partir dos cinco meses de idade, “essa é a melhor fase como fator protetivo para mamas”, explica. Mas, elas podem ser castradas em qualquer fase da vida. “é bem provável que um dia as fêmeas terão infecção de útero ou alterações ovarianas, como cistos e câncer”, destaca.
O profissional salienta que o grande medo em relação a castração está ligado a anestesia geral, como todo procedimento cirúrgico, existem riscos, mas é importante que uma avaliação pré-cirúrgica seja feita, assim como a escolha do local onde será feito. “Somente clínicas com sala de cirurgia e equipadas com anestesia inalatória deveriam realizar estes procedimentos, pois aumenta em muito a segurança do procedimento cirúrgico.”
Alterações provocadas pela castraçãoMachos: – Menor agressividade evitando riscos de se machucar em brigas;- Não fazem demarcação de território;- Evita o aparecimento de alterações de próstata;- Evita o aparecimento de tumores hormônio dependente;-Aumenta o período de vida do animal.
Fêmeas:- Ausência de cio;- Redução da agressividade;- Evita o aparecimento de falsas gestações (pseudociese);- Abole o risco de inflamação de útero, doenças ovarianas e tumores hormônio dependentes;- Prevenção de gravidez de risco; Informe-se com seu veterinário sobre a melhor época para fazer a cirurgia, e os cuidados pré e pós- operatórios.
