Dados da Secretaria de Segurança Pública (SSP) revelam que os crimes contra a vida mantiveram, no primeiro bimestre deste ano, a tendência de queda registrada em 2017 no Rio Grande do Sul. O balanço dos dados estatísticos da criminalidade aponta redução de 63,9% nos índices de latrocínio e 34,5%% nos homicídios, em comparação ao mesmo período no último ano.

Em Venâncio Aires, no entanto, os números andam na direção inversa. Até ontem foram registrados dois homicídios no ano, sendo um caso de latrocínio, contra apenas uma morte nos quatro primeiros meses do ano passado – que ao final do ano chegaram a 11 mortes, sendo um latrocínio. Sobre estes crimes, a Polícia Civil apurou que sete das vítimas tinham envolvimento com o tráfico de drogas e por isso foram executadas.
Em Porto Alegre, as ocorrências de homicídio doloso diminuíram 38,8% e as de latrocínio, 60%. Conforme os dados da SSP, a principal diferença na análise dos meses de janeiro e fevereiro está na diminuição do número de vítimas fatais nos índices de homicídio doloso, que chega a 33,7% no Estado – um total de 211 mortes a menos. Na capital, a redução registrada é de 41,1%, ou 74 vítimas a menos, em comparação com o mesmo período em 2017.
Para o secretário Cezar Schimer, os números apresentados refletem o esforço do governo estadual em fornecer os recursos humanos e materiais necessários ao desempenho das funções dos órgãos da Segurança Pública. “Os números absolutos ainda são altos, mas o que vemos é a manutenção de uma curva descendente que comprova a efetividade dos investimentos feitos no reaparelhamento das instituições e no ingresso de novos servidores”, afirmou.
O secretário destacou, também, ações que são consideradas estratégicas dentro do contexto de redução dos índices de criminalidade, como as operações da Brigada Militar em zonas de maior incidência criminal, a transferência de líderes do crime organizado para presídios federais e a estruturação das Delegacias de Repressão ao Crime de Lavagem de Dinheiro. “Foi um processo bem sucedido, que visou asfixiar o poder financeiro das quadrilhas e desarticular a sua cadeia de comando”, lembrou Schirmer.