Busca de certificação para ampliar as vendas em território brasileiro

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O sonho é ultrapassar as barreiras estaduais e comercializar o Mel Serrano em todo o país, mas para isso, Cléria Posselt Schlosser, 53 anos, proprietária da agroindústria familiar Casa do Mel Serrano, de Vila Deodoro, está buscando um novo selo para o produto, o que irá garantir a venda em todo o território brasileiro.

Em 2006, quando a agroindústria foi fundada, a família comercializava o mel no município. Após a conquista do selo Sabor Gaúcho, em 2017, as vendas foram ampliadas para todo o Rio Grande do Sul, com o selo Sistema Unificado Estadual de Sanidade Agroindustrial Familiar, Artesanal e de Pequeno Porte (Susaf).

“Queremos ampliar nosso mercado e, com isso, pretendemos agregar mais valor ao nosso produto. Por isso, estamos encaminhando, através da Inspetoria Veterinária de Venâncio Aires, o selo Sipoa”, diz Vilson Schlosser, 54 anos, esposo de Cléria.

Casal iniciou com a agroindústria em 2006, em Vila Deodoro (Foto: Roni Müller/Folha do Mate)

O selo Serviço de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Sipoa) está sendo buscado pela agroindústria Casa do Mel Serrano, que faz parte da Associação Venâncio-Airense de Apicultores (AVA), e também pelas outras duas agroindústrias familiares de mel integrantes do grupo: a Casa de Mel Schwendler e a agroindústria de Luciano Quintana Carvalho.

O Serviço de Inspeção Municipal (SIM), relacionado à Secretaria de Desenvolvimento Rural, é responsável pela inspeção e fiscalização da produção industrial e sanitária dos produtos de origem animal, na qual se enquadram as agroindústrias familiares do mel. Conforme o chefe do escritório local da Emater-RS/Ascar, Vicente Fin, a Inspetoria Veterinária do município, por meio do SIM, está reunindo a documentação necessária para indicar as agroindústrias do mel para convênio com o selo que permite novos mercados.

Mel no mercado nacional

Com o selo Sipoa, a Casa do Mel Serrano pretende aumentar o mercado de vendas e, com isso, ampliar e modernizar a agroindústria. “Se a nossa produção irá aumentar, precisamos investir em novas máquinas, mais modernas e automatizadas”, projeta Schlosser. Atualmente, o casal tem cerca de 300 colmeias e trabalha com o mel multiflor. “São lotes diferentes de floração. Temos o mel suave, que são as floradas das frutas, e o mel silvestre, que tem florada da mata nativa”, explica o apicultor.

A maioria das colmeias está situada na região de Vila Deodoro e localidades vizinhas. “Temos muitas caixas em regiões de mata nativa e, com isso, conseguimos ofertar diferentes lotes de floração para o consumidor, o que varia de acordo com o gosto e preferência dele”, explica. A família costuma participar de feiras e, há poucos dias, retornou da 44ª Expointer. “A gente valoriza muitos esses momentos de feiras, pois sempre conseguimos a abertura de novos caminhos. A Expointer, por exemplo, é um período de vendas na feira e pós-feira. Avaliamos isso de forma muito positiva”, pontua Cléria.

Do lazer até o negócio

Trabalhar com o mel era um hobby para Vilson desde muito jovem. Com 10 anos, ele recorda que, em Linha Leonor, localidade na qual nasceu, já se fascinava pelo ‘trabalho’ das abelhas. “Comecei a ter minhas caixinhas, mas sempre era algo paralelo”, conta.

Antes de 2006, Schlosser se dedicava ao hobby apenas aos fins de semana. “Tinha épocas que eu e a Cléria passávamos sábado e domingo tirando mel. Mas não imaginávamos que um dia teríamos uma agroindústria”, relata.

Há 15 anos, o casal decidiu olhar para o mel de outra forma. “Abrimos nossa agroindústria e passamos a nos dedicar a isso. Há dois anos, de forma mais intensa. Agora, conseguimos dedicar de forma integral nosso dia para trabalhar com o mel”, frisa o apicultor.

Hoje, o mel é o trabalho principal da família e, além do selo Sipoa, as metas não param por aí. “Queremos trabalhar fortemente a questão turística. Estamos inseridos numa rota muito boa. Quem sabe a gente ainda aposta muito mais como um ponto turístico, um ponto de parada para quem vem até Vila Deodoro”, afirma Cléria.

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