Pesquisadores realizam colheita da mandioca em Unidade de Observação de Vila Palanque

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Venâncio Aires é destaque na região quando o assunto é aipim, afinal, são 430 famílias que cultivam a raiz com objetivo comercial que totalizam 1,2 mil hectares. Além disso, o município tem cinco agroindústrias familiares que comercializam o aipim descascado, e uma sexta agroindústria está encaminhando o pedido de abertura e regularização.

Essa potencialidade chamou atenção dos integrantes do grupo de pesquisa Simanihot da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), que em outubro de 2020 instalaram uma Unidade de Observação de Mandioca em Vila Palanque. A propriedade escolhida foi a de André Luiz dos Santos, 38 anos, morador de Linha Herval, que na época ainda tinha terras disponíveis para o plantio e instalação da unidade na sede do 6º Distrito.

Após sete meses depois da instalação o grupo voltou para Venâncio Aires no sábado, 5, para realizar a colheita das 14 variedades que foram plantadas. “Na época nós levamos cinco variedades de mandioca e o produtor e a Emater doaram outras mudas”, explica a engenheira agrônoma Kelin Pribs Bexaira, integrante da equipe Simanihot.

Colheita na Unidade de Observação em Venâncio Aires ocorreu no sábado, 5 (Foto: Divulgação)

Agora o grupo irá realizar a Análise da produtividade de raízes e parte aérea da mandioca. “Vamos analisar o peso das raízes e será realizada a separação da planta em folhas, hastes e raízes, posteriormente colocado em uma estufa a 60 graus. E após a secagem esse material é pesado e se tem o peso seco de cada parte da planta”, detalha Kelin.

“Essa pesquisa pode ajudar muito para nosso município. A gente consegue agregar mais valor a cultura do aipim, descobrimos variedades diferentes que podem dar certo aqui.”

ANDRÉ LUIZ DOS SANTOS – PRODUTOR

19 Unidades no Sul

O grupo acadêmico instalou 16 unidades de observação no Rio Grande do Sul neste último ano, duas em Santa Catarina e uma no Paraná. Foram 19 Unidades na região sul do país com o objetivo de observar os fatores que limitam a produtividade, qual o manejo do produtor em cada região, como ele controla as plantas daninhas e a coleta dessas informações para a pesquisa do grupo.

A mediação do projeto com os produtores de Venâncio Aires e Mato Leitão ocorreu via Emater/RS-Ascar, a engenheira agrônoma Djeimi Janisch, extensionista rural da Emater de Venâncio Aires, salienta a importância desse estudo para o município. “Esse grupo de pesquisa trabalha com uma cultura importante para Venâncio Aires e não se tem muitos estudos nesta área no Estado.”

Para o produtor o período do plantio ocorreu um pouco tarde. “Como eles plantaram no fim de outubro, logo depois faltou uma chuva que prejudicou um pouco na qualidade do aipim. Podia ter sido melhor se não tivesse faltado chuva. Mas a experiência foi válida, pois a gente aprende muito com isso”, enaltece.

“Como eles trouxeram muitas variedades a gente consegue saber qual se adapta melhor a nossa terra, percebemos o desenvolvimento de cada tipo, e quem sabe a gente até descobre uma outra variedade que tem mais produtividade aqui”, reforça Santos.

“A troca de experiência entre extensão, agricultor e pesquisa foi rico e pode trazer subsídios para nortear novas pesquisas.”

DJEIMI JANISCH – Extensionista rural da Emater

Resultados da Unidade de Observação do Mato Leitão também fazem parte da pesquisa

Em Mato Leitão, a propriedade de Odair José Becker recebeu a Unidade de Observação do Grupo de pesquisa Simanihot. O grupo instalou a unidade na propriedade que fica na comunidade São João, de Vila Arroio Bonito e no sábado, 5, também realizou a colheita da mandioca.

Becker já investe no plantio de seis variedades de aipim, na propriedade de Arroio Bonito. A mandioca é usada para consumo da família, alimentação dos animais e comercialização. Na propriedade o grupo plantou cinco variedades de mandioca mais cultivadas no Rio Grande do Sul, quatro delas são diferentes das que já são cultivadas por Becker. Dessa forma, o grupo pretende observar a produtividade de cada variedade e analisar as raízes e folhas.

Colheita em Mato Leitão também ocorreu na manhã do sábado (Foto: Divulgação)

Na Cidade das Orquídeas são 273 famílias quem cultivam o aipim em escala comercial em aproximadamente 350 hectares. O município tem uma agroindústria que comercializa o aipim descascado.

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