A Secretaria Municipal de Agricultura e Meio Ambiente trabalha na atualização da legislação municipal para que Mato Leitão faça a adesão ao Sistema Unificado Estadual de Sanidade Agroindustrial Familiar, Artesanal e de Pequeno Porte (Susaf). Essa readequação aos requisitos exigidos pelo Governo do Estado permite que agroindústrias registradas e ativas no Serviço de Inspeção Municipal (SIM) possam comercializar produtos em todo território do Rio Grande do Sul.
Na Cidade das Orquídeas este trabalho está sendo realizado desde outubro e é liderado pelo coordenador de Inspeção, o médico veterinário Henrique Johm Schonarth, que foi contratado neste ano para dar andamento a esse processo. “É algo bem importante para o desenvolvimento econômico do município. Vai agregar valor ao que é produzido aqui, que poderá ser enviado para outros lugares do estado”, destaca o profissional.
De acordo com Schonarth, uma granja avícola que atua na Cidade das Orquídeas já demonstrou interesse em aderir ao Susaf. “Depois que o município aderir ao sistema, cada agroindústria precisa buscar se regularizar no SIM e pleitear o selo”, esclarece. O Serviço de Inspeção Municipal é coordenado pelo veterinário Jone Bohn.
Para o veterinário, além do fator econômico, a atualização do SIM garante mais segurança alimentar para os moradores de Mato Leitão, pois é uma forma a mais de protegê-los de doenças transmitidas através dos alimentos. A previsão da Secretaria de Agricultura é que esse trabalho seja concluído até, no máximo, metade do próximo ano.
Futuro
Depois, a expectativa é adequar a legislação para aderir ao Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Sisbi), para que os produtos de estabelecimentos locais possam ser vendidos em todo o país. “É um começo, mas estamos buscando ofertar a estrutura mínima enquanto Município”, comenta o secretário de Agricultura e Meio Ambiente, João Carlos Machry.
De acordo com ele, essas adaptações na legislação também serão importantes para diversificar a oferta na Feira do Produtor Rural, que foi retomada no fim de setembro. “Hoje tem a comercialização, principalmente, de verduras e artesanato, mas depois será possível oferecer produtos de origem animal e embutidos, por exemplo”, projeta.
Schonarth também tem feito um trabalho de acompanhamento e fiscalização de adequações que precisam ser feitas pelas agroindústrias do município. “Vai depender um pouco do interesse delas, mas queremos tentar regularizar quem está na informalidade”, observa.