Um sistema de reaproveitamento de água, que foi implementado no Viveiro Florestal do Batista, em Linha Taquari Mirim, no interior de Venâncio Aires, tem garantido uma preocupação a menos para a família Schroeder, principalmente no período mais crítico do verão, onde as plantas sofrem com os impactos da falta de água.
Desde a instalação do estabelecimento, há 22 anos, o proprietário João Batista Schroeder, 57 anos, adotou um sistema que capta a água que é utilizada na lavoura para ser reutilizada na irrigação do viveiro, de aproximadamente meio hectare.
Uma bomba de 10 CVs de potência foi instalada no açude da propriedade para irrigação da lavoura. E, por meio de um sistema de canalização, a água que sobra passa por um coletor (que separa a água limpa) e é direcionada para a cisterna de 25 mil litros, construída de alvenaria com uma profundidade de 2,70 metros.

Ao lado da cisterna, uma outra bomba, de 7,5 CVs, puxa a água para irrigar o viveiro. Segundo Schroeder, a água reaproveitada é de uso contínuo para manter as mais de 120 mil mudas que são cultivadas anualmente na propriedade. “Geralmente, ligamos a bomba para molhar as plantas durante uns 15 minutos ao dia, mas quando o calor é muito intenso, costumamos fazer isso umas duas vezes ao dia”, explica, lembrando que a água da cisterna também é utilizada para o cultivo do tabaco.
“Utilizamos o açude para dar água ao gado, criar peixes e irrigar a lavoura e o viveiro. Além das duas bombas, também temos uma com motor a gasolina, para quebrar um galho”, menciona. Na propriedade, de mais de 8 hectares, também são cultivados arroz, milho, feijão e batata, para consumo da família.
De acordo com o proprietário do viveiro, o sistema de reaproveitamento de água foi adaptado para evitar o desperdício. “Temos uma preocupação com a natureza. Daqui mais uns anos, a água vai valer ouro. Mesmo que nunca tenha faltado água na localidade, resolvemos adotar este sistema para evitar o desperdício”, reforça.

Sustentabilidade
A preocupação com o meio ambiente sempre esteve ligada aos negócios da família. Há quase dois anos, foram instaladas 28 placas solares na propriedade, que produzem em média 1,5 mil kilowatts mensais, durante o verão. “Desta forma, temos energia suficiente para o viveiro e para a casa do meu filho, em Vila Estância Nova”, afirma.
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