Câncer de mama: Mamografia e ecografia mamária podem auxiliar no tratamento precoce

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O câncer de mama é a primeira causa de mortes em mulheres no Brasil. De acordo com o Ministério da Saúde, a incidência de novos casos ao ano está em 66 mil. Para evitar o desenvolvimento de casos avançados da doença, é importante que as pessoas façam os exames periódicos, pois a detecção precoce pode garantir a sobrevivência em até 95% dos casos.

De acordo com o médico radiologista Cristiano Köhler, a detecção precoce aumenta as chances de cura e possibilita uma cirurgia de menor porte, com menos complicações e melhor resultado estético. Para detectar a doença precocemente é indicado o rastreamento por meio da mamografia, em mulheres acima dos 40 anos, que apresentam baixo risco da doença. Contudo, o médico acrescenta que em alguns casos especiais, como familiares próximos com câncer de mama em idade jovem, podem se beneficiar do rastreamento, antes mesmo dos 40 anos. O rastreamento é realizado em pessoas que não apresentam sintomas. Já, nos demais casos, o atendimento é individualizado. “Além de ser um exame de escolha para rastreamento, a mamografia também identifica as microcalcificações que podem ser a manifestação inicial do câncer de mama”, destaca o profissional, que atua no Centro de Diagnóstico e Imagem (CDI) do Hospital São Sebastião Mártir.

A mamografia não é um procedimento doloroso e apresenta dose de radiação controlada. Para o médico radiologista, o benefício de salvar vidas por meio da detecção precoce supera qualquer eventual dano ou desconforto. A recomendação do Ministério da Saúde é que se faça o procedimento a cada dois anos. No entanto, Kohler considera que o mais indicado é fazer a mamografia uma vez ao ano, mesmo quando os exames não apontam alterações, conforme recomendações de outras entidades como o Colégio Brasileiro de Radiologia.

Médico Cristiano Köhler ressalta a importância de manter a rotina dos exames de mamografia, após os 40 anos. (Foto: Taiane Kussler/Folha do Mate)

Eco mamária

Diferentemente da mamografia, que é realizada de forma periódica, a ecografia mamária se enquadra na segunda fase, como exame complementar. “Se um nódulo é detectado na mamografia é realizada a eco mamária para fazer um estudo mais aprofundado deste nódulo”, exemplifica Köhler.
Em alguns casos, a ecografia mamária é realizada antes da mamografia. “Em jovens, com mamas muito densas, em gestantes ou lactantes (mães que ainda estão em fase de amamentação), ou suspeita de inflamação nas mamas, pode ser indicada a ecografia mamária”, explica Köhler.

Autoexame

O autoexame das mamas é uma das estratégias para identificar nódulos. Contudo, o médico Cristiano Köhler não defende esta estratégia por completo. Segundo ele, a recomendação de que todas devem fazer o autoexame não é mais adotada. “Sem treinamento adequado, o exame pode não ser feito corretamente e, isso pode gerar a ansiedade. No entanto, o autoexame é indicado para aquelas mulheres que conhecem bem o seu corpo e têm vontade de fazer”, indica.

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