Para a médica infectologista Sandra Knudsen, “do ponto de vista de disponibilidade de leitos na nossa UTI e nas UTIs da região, este é o pior momento da pandemia”. Ela tem conversado com colegas que trabalhos em cidades próximas de Venâncio Aires e recebido informações de que o problema é registrado em todos os municípios. “Isso nos preocupa bastante”, completa.
Dessa forma, em caso de necessidade, os pacientes com quadros de saúde mais agravados terão de ser transferidos para locais mais distantes, ocasionando ainda mais desconforto para os familiares. “Estamos vivendo um momento bem ruim mesmo da epidemia”, reforça.
Sandra acredita que a epidemia não é dividida em ondas. Na avaliação dela, ao longo dos meses sempre foi registrado o avanço dos casos e, neste momento, o que se tem é uma piora em relação ao número de casos e ocupação de leitos por conta do relaxamento das medidas de prevenção.
De acordo com a médica, as flexibilizações anunciadas em períodos de menor disseminação do vírus levaram a um descuido natural. “Muitas pessoas perderam o medo, digamos. É bem nítido que, após feriadões e momentos de maior confraternização, são registrados índices mais elevados de contaminação”, afirma.
Preocupação com o avanço da pandemia de coronavírus traduzida em números